A Província de Inhambane é conhecida como bastião de turismo no Sul de Moçambique, carinhosamente tratada como “terra de boa gente” com seus encantos oriundos da arquitectura dos séculos passados, a simpatia e hospitalidade dos residentes.
Com centenas de estâncias turísticas, o sector é o principal de desenvolvimento económico da província.
O governo provincial de Inhambane aprovou recentemente 197 projectos de investimento no sector de hotelaria e turismo, totalizando 597 milhões de dólares (37,7 mil milhões de meticais).
O Conselho executivo de Inhambane destaca o FARUHAR Mozambique chancelado em 2023, e que está sendo implementado nos distritos de Massinga e Vilankulo com um orçamento de cerca de 500 milhões de dólares e com potencial para gerar 690 postos de trabalho.
Dados disponíveis indicam que, a província registou uma redução de estâncias turísticas durante a pandemia de covid-19, em 2019 Inhambane contava com os 799 empreendimentos turísticos, número que diminuiu para 735, representando uma redução em 9%.
No período em referência o sector empregava 7519 trabalhadores, mas houve declínio para 6810 em 2022, até finais do primeiro trimestre de 2024, o número voltou a subir para 6926. Com a crise política nos quais o país está mergulhado desde finais do ano passado, estes números podem cair novamente depois de uma ligeira recuperação depois da pandemia Covid-19.
Entrevistados, alguns proprietários de estâncias turísticas em Inhambane, não descartam a possibilidade do encerramento dos seus empreendimentos devido à insegurança provocada pelas manifestações.
Raimundo Morrombe, gestor de uma estância turística no distrito de Morrumbene disse que desde finais do ano passado a actividade turística está paralisada e que se não houver solução rapidamente há possibilidade de abandonar o sector.
A gerente da Maind Natus no distrito de Massinga, Isabel Macuácua, disse estar a enfrentar dificuldades no pagamento das suas obrigações fiscais e salários dos trabalhadores por falta de clientes.
A mesma dificuldade é apresentada por outros operadores na cidade de Vilankulo e cidade de Inhambane, epicentros da actividade.
Se a situação não melhorar nos próximos dias, estes poderão declarar falência dos seus empreendimentos. (Armindo Vilanculos, em Inhambane)
 
 
			



 




 
 
 
