O que aconteceu, ontem, é que a Lua fez conjunção com Vénus, iniciando a “digressão”, mensal, de Janeiro pelos planetas do Sistema Solar. O fenómeno, de encontro entre a Lua e Vénus, ou seja, quando dois objectos celestes aparecem muito próximos um do outro, observados da Terra, é conhecido cientificamente como conjunção astronómica.
Vendo o fenómeno a partir da terra dá-se a impressão de que a lua e o sol estão no mesmo lugar, mas na verdade, a partir do espaço, os astros continuam distantes. Este encontro iniciou na Quinta-feira, mas o seu ápice só foi possível ontem. Em alguns pontos do país, até mesmo na capital, não foi possível ver devido a instabilidade do tempo, uma vez que o céu foi coberto por nuvens.
A verdade é que Vénus é o planeta mais próximo da Terra e o objecto mais brilhante no céu, além do Sol e da Lua. Durante a conjunção astronómica, os corpos podem parecer muito próximos ou até alinhados.
Ainda este mês, o fenómeno repetir-se-á, ou seja, a Lua passará por Saturno (4), Júpiter (10) e Marte (14). Essa série de conjunções que o satélite faz mensalmente ocorre porque ele orbita a terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
Especialistas em astronomia contam que todos os anos esse fenómeno acontece e não há nenhuma alteração no sistema solar como se está a propalar, pelo que não deve causar preocupação.
Segundo a National Geographic ainda este ano, no dia 19 de Setembro a Lua se encontrará com Vénus e Regulus. A Lua crescente formará um triângulo com o Planeta e a estrela brilhante Regulus, o evento poderá ser visível a olho nu, mas os binóculos proporcionam uma visão mais nítida. (Ekibal Seda)