O militar, que mantém o anonimato, declara no vídeo, “Só nós estamos a pedir que o senhor traga munições, armas suficientes.” Em seguida, ele afirma que seu pelotão estaria “disposto” a lutar e menciona uma insatisfação crescente com o actual governo, afirmando: “Estamos cansados com a Frelimo. A Frelimo está nos escravizando tanto”, diz o militar que em seguida acrescenta: “Eu tenho meu quartel que está disposto. E se é para massacrar os da Frelimo, eu também estou disposto e o meu grupo está disposto. Precisamos da sua ajuda para que possamos trabalhar juntos”.
Essas declarações foram feitas poucas horas antes de Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo PODEMOS convocar uma manifestação nacional, anunciada como um movimento popular contra o governo da Frelimo, aonde o povo de todo o país é chamado a marchar para as avenidas da capital Maputo.
De lembrar que durante a semana passada, foram identificados relatos de vandalização de várias sedes distritais do partido Frelimo ao longo de alguns pontos do país por populares que aderiram às manifestações convocadas por Mondlane que configuraram a segunda fase. Além de sedes do partido no poder, foram também atacadas esquadras da polícia e vandalizadas residências e bens da polícia.
E essas declarações se juntam a várias outras feitas anteriormente nos mesmos moldes, de indivíduos que afirmam ser das Forças de Defesa e Segurança, da polícia, declarando apoio à Venâncio Mondlane que se encontra fora do país desde o dia 21 de outubro.
Nem o Ministério do Interior, nem a polícia já emitiram alguma reação acerca da convocação da terceira fase das greves convocadas por Mondlane na terça-feira em uma live no seu Facebook que atingiu a marca das 160 mil visualizações em directo. (IMN)