O surto actual é particularmente preocupante devido à circulação de múltiplas variantes do vírus, em vez de uma única cepa (variante), como foi observado anteriormente. A transmissão, que antes era quase exclusivamente sexual, agora apresenta diferentes níveis de risco, atingindo uma variedade de grupos populacionais.
O anúncio foi feito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-geral da OMS, que utilizou sua conta na plataforma X, antigo Twitter, para comunicar que equipes da organização estão actuando nos países afectados e em risco, em parceria com ONGs, sociedade civil e outros órgãos, visando conter a propagação da doença.
A República Democrática do Congo continua sendo o epicentro da doença, com milhares de casos e centenas de mortes anuais, principalmente entre crianças menores de 15 anos. A cepa “clado 1”, endêmica na África Central, e a nova e mais virulenta “clado 1b” estão por trás do surto actual. A OMS alertou para a deficiência no acesso a vacinas e tratamentos contra mpox na região, o que agrava a situação.
Os sintomas iniciais da mpox incluem febre, dores de cabeça e musculares, seguidos por erupções cutâneas que podem causar coceira e dor. A doença se espalha através do contacto próximo, incluindo contacto sexual, e pode ser prevenida com vacinas, embora a vacinação em massa ainda não seja recomendada pela OMS.
A OMS está pressionando as farmacêuticas a conduzirem testes mais amplos com as vacinas disponíveis, a fim de determinar sua eficácia contra as novas variantes do vírus, visando melhorar a resposta global em futuras emergências de saúde. (BN)