OMS declara emergência de saúde pública global devido ao surto de Mpox

INTEGRITY -MOÇAMBIQUE, 15 de agosto de 2024-A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o actual surto de mpox que afecta alguns países, como uma emergência de saúde pública de alcance internacional, marcando a segunda vez em dois anos que a doença é classificada como uma ameaça global. Anteriormente, o surto havia sido controlado em 2022, mas ressurgiu de forma mais agressiva, afetando principalmente países da Europa e América do Norte.

O surto actual é particularmente preocupante devido à circulação de múltiplas variantes do vírus, em vez de uma única cepa (variante), como foi observado anteriormente. A transmissão, que antes era quase exclusivamente sexual, agora apresenta diferentes níveis de risco, atingindo uma variedade de grupos populacionais.

O anúncio foi feito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, Director-geral da OMS, que utilizou sua conta na plataforma X, antigo Twitter, para comunicar que equipes da organização estão actuando nos países afectados e em risco, em parceria com ONGs, sociedade civil e outros órgãos, visando conter a propagação da doença.

A República Democrática do Congo continua sendo o epicentro da doença, com milhares de casos e centenas de mortes anuais, principalmente entre crianças menores de 15 anos. A cepa “clado 1”, endêmica na África Central, e a nova e mais virulenta “clado 1b” estão por trás do surto actual. A OMS alertou para a deficiência no acesso a vacinas e tratamentos contra mpox na região, o que agrava a situação.

Os sintomas iniciais da mpox incluem febre, dores de cabeça e musculares, seguidos por erupções cutâneas que podem causar coceira e dor. A doença se espalha através do contacto próximo, incluindo contacto sexual, e pode ser prevenida com vacinas, embora a vacinação em massa ainda não seja recomendada pela OMS.

A OMS está pressionando as farmacêuticas a conduzirem testes mais amplos com as vacinas disponíveis, a fim de determinar sua eficácia contra as novas variantes do vírus, visando melhorar a resposta global em futuras emergências de saúde. (BN)

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