A detenção dos imigrantes ilegais está inserida no âmbito da “operação Benguera” que visa trazer tranquilidade e ordem pública durante os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, juntando forças de vários ramos do Ministério de Interior moçambicano.
Aglomerados num espaço de menos de 30 metros quadrados e a apresentando cheiro que ilustra vários dias sem banho de água e roupa suja, alguns imigrantes ouvidos pela “Integrity” dizem ter passado vários dias a caminhar cujo objectivo era passar por vários países e chegar à África do Sul.
”Estamos a fugir conflito no nosso País, onde passamos fome e vários tipos de violência, andamos vários meses, entramos pelo Malawi e ao tentar passar por Moçambique fomos interpelados pela polícia”, explicaram e queixando-se de fome e sede.
Para o Porta-voz da Direcção Provincial dos Serviços de Migração em Manica, Abílio Mate, o seu sector está a trabalhar arduamente para encontrar o motorista do camião que quando se deu conta da presença da polícia no local, colocou-se em fuga. “O camião foi parado no posto administrativo de Messica e feita a vasculha encontrou-se os Etíopes no seu interior que alegam estarem de viagem, mesmo que de forma ilegal para a vizinha África do sul a procura de melhores condições de vida.
A Etiópia é o segundo País africano mais populoso, com mais de 110 milhões de pessoas. A Guerra Civil é travada desde 4 de Novembro de 2020, na região mais a norte do país – Tigré precipitando a fuga de vários cidadãos, entretanto, desde novembro de 2020, uma média de quatro mil pessoas cruzavam diariamente a fronteira em busca de melhores condições de vida. (Pedro Tawanda, em Manica)
