INTEGRITY, MAPUTO, 13 DE NOVEMBRO DE 2025 – Apesar do desfecho amargo, aquele jogo marcou o início de uma nova era na selecção nacional. Foi também o regresso de Dominguez à titularidade, após ter sido afastado nas quatro primeiras jornadas pelo então treinador português Horácio Gonçalves, que somara três derrotas e um empate no comando técnico.
Três dias depois, Chiquinho Conde conseguiu a sua primeira vitória como seleccionador principal, ao bater o Malawi por 1-0, resultado que permitiu a Moçambique evitar o último lugar do Grupo D.
A classificação final ficou assim definida: Camarões (15 pontos), Costa do Marfim (13), Moçambique (4) e Malawi (3).
O que se seguiu, porém, foi uma trajetória de crescimento e conquistas sem precedentes.
Sob o comando de Conde, os Mambas alcançaram feitos históricos que reacenderam o orgulho nacional:
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Qualificação ao CHAN 2022, onde a selecção chegou pela primeira vez aos quartos de final.
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Regresso ao CAN 2023, obtendo a melhor pontuação e o maior número de golos marcados de sempre na fase final.
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Nova qualificação ao CAN 2025, consolidando a consistência da equipa em competições continentais.
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Participação na qualificação ao Mundial 2026, onde Moçambique terminou em 3º lugar com 18 pontos, os mesmos do segundo classificado um feito que reforça a evolução competitiva da selecção.
Quatro anos depois da sua estreia, Chiquinho Conde é visto como o técnico que devolveu esperança e identidade aos Mambas, transformando uma equipa desacreditada num conjunto respeitado no continente africano. – ONÉLIO DUARTE

