Segundo as autoridades, o grupo está ligado a uma série de assaltos violentos ocorridos nos últimos meses, envolvendo agressões físicas graves e intimidação à população.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, Dércio Samuel, a operação que culminou na detenção do suposto cabecilha e de outros seis membros do grupo foi resultado de um trabalho investigativo que se estendeu por várias semanas.
“Trata-se de um grupo altamente perigoso, com um histórico de violência extrema durante os assaltos. O mais preocupante é o facto de o líder ser um militar no activo, ferindo os princípios de disciplina e conduta das Forças Armadas”, declarou Samuel.
A quadrilha, conhecida por operar principalmente em bairros periféricos de Nampula durante o período nocturno, utilizava armas brancas e objectos contundentes para coagir e ferir as vítimas. Relatos de moradores apontam para uma série de casos onde os assaltantes invadiam residências, espancavam os ocupantes e levavam bens de valor, desde electrodomésticos até dinheiro e telemóveis.
O militar detido, cuja identidade ainda não foi oficialmente revelada por motivos de investigação, nega as acusações. Em depoimento preliminar, alegou que apenas interveio numa rixa provocada por jogos de rua, e que não tem nenhuma ligação com o grupo criminoso.
“Fui confundido com os verdadeiros responsáveis. Estava no local para acalmar uma briga, nada mais”, defendeu-se.
Apesar da negação, a polícia afirma possuir indícios fortes da sua liderança no “Grupo 15”, incluindo testemunhos e elementos recolhidos no terreno. (Mussa Yussuf)