O Ministério das Finanças explicou que o aumento se deve principalmente à “aquisição de um novo financiamento” pela empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro-de Moçambique (CFM), no valor de 36 milhões de dólares (2,2 mil milhões de meticais). Este reforço permite à CFM suportar investimentos estratégicos ligados ao transporte e à logística em todo o território.
No âmbito da dívida interna, a CFM registou um acréscimo de 7,8 milhões de dólares (504,6 milhões de meticais) face ao final do primeiro trimestre. De acordo com o relatório, este aumento ocorreu “devido à contratação de um novo financiamento para co-financiar a expansão do Terminal de Combustíveis em Pemba”, na província de Cabo Delgado.
O endividamento externo do SEE subiu 14,5% no segundo trimestre, atingindo pouco mais de 292 milhões de dólares (18,5 mil milhões de meticais). Paralelamente, a dívida interna das empresas públicas e participadas pelo Estado cresceu 1,34%, totalizando 327,2 milhões de dólares (20,9 mil milhões de meticais) até final de Junho, reflectindo uma gestão equilibrada das fontes de financiamento.
Actualmente, Moçambique possui 11 empresas públicas, sete empresas estatais exclusivas e nove com participações minoritárias em processo de liquidação. Esta diversidade revela a complexidade do SEE e o seu papel central no desenvolvimento económico nacional.
O crescimento da dívida evidencia a necessidade de investimentos estratégicos, ao mesmo tempo que mostra o desafio de manter o equilíbrio financeiro. A gestão cuidadosa da dívida interna e externa será determinante para sustentar a expansão das empresas públicas sem comprometer a estabilidade económica. (LUSA com Diário Económico)
