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Angola e quando o povo saiu à rua: Protestar é crime ou direito? – Entrevista com Isildo Tito Marques, activista social e líder cívico angolano

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 16 de Setembro de 2025-As ruas de Luanda e outras províncias angolanas voltaram a ser palco de tensão, repressão e gritos sufocados por gás lacrimogéneo e balas reais. Numa altura em que os taxistas paralisam as suas actividades em protesto contra más condições de trabalho e políticas públicas arbitrárias, a repressão policial reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão em Angola. Será o protesto um crime ou um direito?

16 de Setembro, 2025
em Grande Entrevista
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Angola e quando o povo saiu à rua: Protestar é crime ou direito? – Entrevista com Isildo Tito Marques, activista social e líder cívico angolano
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Desse modo, a Integrity Magazine conversou com Isildo Tito Marques, activista social e líder cívico angolano residente em Luanda, que partilha um retrato duro, mas necessário da actual conjuntura política, da coragem dos manifestantes e da resistência civil diante de um sistema que, segundo ele, não conhece a democracia como prática.

Milda- Como avalia a repressão das recentes manifestações em Angola? O que isso revela sobre o estado da democracia no país?

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Isildo- A avaliação da repressão por parte das autoridades policiais é, obviamente, negativa e completamente desproporcional. A actuação da polícia deve ser sempre proporcional ao contexto, e o que vivenciámos nestes três dias de greve e paralisação dos taxistas foi tudo, menos isso. A repressão foi agressiva e injustificável. Do ponto de vista democrático, vivemos um Estado de Direito apenas no papel. A democracia está em decadência. Nunca tivemos uma verdadeira democracia, e agora está cada vez mais em regressão.

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Milda- Qual tem sido o papel dos activistas durante estas manifestações? Há articulação ou é cada um por si?

Isildo- Os activistas têm sido incansáveis na mobilização, na sensibilização e no esclarecimento das massas populares sobre o sistema que nos governa. Não há actuação isolada: há uma articulação entre os diferentes movimentos cívicos, unidos numa só voz e numa só causa.

Milda- A actuação da polícia é legal ou sistematicamente abusiva? Há registos de execuções, desaparecimentos ou tortura?

Isildo- A actuação da polícia foi extremamente abusiva. Há relatos de execuções, desaparecimentos forçados e tortura. Segundo dados oficiais, registaram-se pelo menos 22 mortes. Além disso, muitas pessoas continuam desaparecidas, outras foram brutalmente feridas e encontram-se hospitalizadas.

Milda- Como os manifestantes estão a se proteger? Existe algum tipo de rede de apoio jurídico ou psicológico?

Isildo- Cada manifestante faz o que pode com os recursos que tem à disposição. A Ordem dos Advogados de Angola manifestou abertura para prestar apoio jurídico e garantir julgamentos transparentes, respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos. Quanto ao apoio psicológico, não vi nenhuma plataforma se pronunciar, mas é possível existirem iniciativas nesse sentido a decorrer.

Milda- Temos visto vídeos de mortes. O que isso simboliza para o povo e os Direitos Humanos?

Isildo- É uma violação grave e descarada dos direitos humanos. Revela um desrespeito total pela vida humana, que é um bem inviolável segundo a nossa Constituição. A brutalidade vista nos vídeos revela o colapso do Estado em garantir o mínimo de dignidade ao seu povo.

Milda- O governo angolano responde às manifestações com diálogo ou com violência? Há abertura para ouvir as vozes da rua?

Isildo- Infelizmente, o governo não conhece o diálogo. A resposta é sempre repressiva, nunca escutam as vozes críticas. Há uma recusa sistemática em dialogar com os movimentos sociais e os cidadãos.

Milda- Na sua opinião, faltando para que os protestos em Angola gerem mudanças reais?

Isildo- Falta vontade política, abertura e bom senso. Muitas manifestações trazem consigo propostas, sugestões e planos que poderiam ser acolhidos para mudanças significativas. Mas o poder não está disposto a ouvir.

Milda- Como os activistas lidam com o medo de represálias e perseguições pós-manifestação?

Isildo- Depois das manifestações, é praticamente certo que haverá perseguições. Utilizamos plataformas digitais como forma de auto-protecção e também para alertar e mobilizar outros movimentos, prevenindo novas repressões.

Milda- O povo ainda acredita no poder das ruas ou começa a se resignar?

Isildo- Entre 2017 e 2020, os protestos perderam força. Mas hoje, essa mística das ruas está renascendo. Estamos a ver novas manifestações, novas paralisações e, com elas, a esperança a ganhar espaço novamente.

Milda- Por fim, que mensagem deixa aos jovens angolanos que querem lutar por um país mais justo?

Isildo- Deixo uma mensagem de coragem e serenidade. As mudanças exigem sacrifícios. Se os nossos avós lutaram contra o regime colonial, hoje, lutamos contra algo semelhante, apenas com uma capa diferente. Mas a luta há de triunfar.

Milda- Tem alguma mensagem para os activistas moçambicanos?

Isildo- Sim. O que se passou recentemente em Moçambique foi uma lufada de ar fresco para nós aqui em Angola. Aos activistas moçambicanos, deixo força e solidariedade. Continuem firmes. Unidos, seremos sempre a linha da frente por uma África mais justa e melhor.

As palavras de Isildo Tito Marques ressoam como um apelo urgente à consciência colectiva. Angola continua a viver entre o grito e o silêncio, entre a repressão e a esperança. Os activistas não pedem o impossível, pedem respeito, dignidade e a chance de sonhar com um país mais justo. E enquanto houver quem se levante, mesmo em meio ao medo, a democracia continuará a lutar por existir, nem que seja, por agora, só nas ruas. (Milda Langa)

Tags: AngolaDireitoPovoProtestar
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