Os partidos da oposição entendem que Moçambique precisa de reformas substanciais para garantir a democracia, a justiça e a estabilidade e vêem no Diálogo Nacional Inclusivo uma oportunidade para que essas mudanças ocorram.
No sistema político exigem a reforma dos poderes do Presidente da República, a Despartidarização das Instituições do Estado, a descentralização e desconcentração política, económica e financeira.
Já no Sistema de Justiça propõem criar novos mecanismos para a indicação dos juízes e outros titulares de órgãos de justiça, assim como a Garantia de independência financeira e administrativa para o sector, essencial para assegurar a imparcialidade nas decisões.
Por fim no Sistema eleitoral exigem a definição de um novo modelo eleitoral para garantir a integridade de todo o processo, a revisão da composição dos órgãos de administração eleitoral e da legislação em vigor, por fim querem implementar medidas que permitam resultados eleitorais rápidos e transparentes, idealmente em 24 a 72 horas após a votação.
A oposição expressou a esperança de que o Diálogo Nacional Inclusivo, que deve durar dois anos, resulte em reformas constitucionais e de governança eficazes. O objectivo principal é evitar a violência pós-eleitoral e acabar com a politização excessiva das instituições do Estado.
Para Forquilha, os desafios do último ciclo eleitoral, que resultaram em protestos violentos, “beliscaram a cultura pacífica” do país. Ele enfatizou que a união e a coesão são fundamentais para construir um Estado que reflicta a vontade de todos os moçambicanos, servindo como base para a paz e a harmonia social.
A oposição também espera que o diálogo estabeleça mecanismos institucionais que garantam a fiscalização e a transparência na implementação de futuros instrumentos de governança. (Ekibal Seda)