PODEMOS reclama da pobreza no país, Frelimo culpa a guerra dos 16 anos

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 8 de Setembro de 2025-Durante a realização da cerimónia central do Dia da Vitória, o presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, e o secretário-geral da Frelimo, Chakil Aboobacar, trouxeram à tona o debate sobre a pobreza em Moçambique. Enquanto Forquilha lamentou as condições de vida após 50 anos de independência, Aboobacar defendeu o governo, apontando a guerra civil de 16 anos como a principal causa do atraso no país.

Para Albino Forquilha, o cenário actual de Moçambique é de “miséria profunda”, um dilema que persiste desde a independência. Durante a cerimónia de deposição de coroas de flores na Praça dos Heróis em Maputo, ele destacou os desafios que afectam directamente a população.

“Vivemos num país com uma miséria profunda, não conseguimos dar uma educação de qualidade a todos, o sistema de saúde não está em condições”, apontando a falta de acesso a serviços básicos e de qualidade, ele argumentou que, apesar de cinco décadas de autogoverno, o país ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir o bem-estar dos cidadãos.

Em resposta às críticas, o secretário-geral da Frelimo, Chakil Aboobacar, atribuiu a situação socioeconómica do país à guerra civil que assolou Moçambique por 16 anos, logo após a independência. Ele sublinhou que os efeitos do conflito ainda são sentidos na nação.

“Gostaríamos que estivéssemos num outro, mas não nos esqueçamos que tivemos 16 anos de guerra civil. Uma guerra sangrenta, violenta e destruidora, ainda hoje nos ressentimos dos efeitos dessa guerra. Estamos a reconstruir o que já existia”, afirmou Aboobacar. Ele também defendeu que a reconstrução nacional é um processo contínuo que a união da população é crucial para o progresso.

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“Nós gostámos de estar a viver num país melhor se não fosse a guerra que falamos. Temos mais desafios, há muito por fazer. Por isso, exortamos os moçambicanos a trabalharmos juntos e unidos”, concluiu.

Apesar das visões divergentes, ambos os líderes políticos concordam que a coesão nacional é fundamental. Forquilha defendeu que é preciso “ter uma visão muito clara para onde queremos ir”, enquanto Aboobacar instou os moçambicanos a trabalharem juntos para que a violência do passado não se repita. (Ekibal Seda)

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