Jovens e adultos saíram às ruas para mostrar a sua insatisfação, mas horas depois o cenário mudou. Começaram actos de vandalização a estabelecimentos enquanto doutro lado as autoridades angolanas disparavam para dispersar os manifestantes. Até ao momento não há dados oficiais sobre vítimas mortais.
Imagens partilhadas nas redes sociais mostram as principais estradas bloqueadas com pneus incendiados, fazendo barreiras, lojas e armazéns vandalizados com a população a retirar os bens, viaturas de transporte público até da polícia não escaparam da vandalização.
O cenário compara-se ao vivido em Moçambique nas manifestações que ocorreram após o anúncio dos resultados das últimas eleições gerais.
Diante da situação, diversos estabelecimentos comerciais, instituições de ensino, entre outros serviços, anunciaram o seu encerramento até Quarta-feira, enquanto perdurar a greve.
Em reacção as manifestações, o governo angolano sublinhou que as acções tratam-se de actos criminosos que atentam contra a estabilidade pública e “representam um ataque ao Estado democrático e de direito ao bem-estar dos cidadãos”.
Ademais, as autoridades angolanas referem que os actos premeditados de sabotagem não serão tolerados, razão pela qual medidas estão sendo tomadas para manutenção da ordem e tranquilidade pública.
Diante disso, esforços estão sendo envidados para identificar, responsabilizar e levar à justiça os mandantes e executores desses actos. É em função disso que foram detidas mais de 100 pessoas por perturbação da ordem pública. (Ekibal Seda)