Entre os pontos levantados estavam o reajuste salarial desde 2020, carreiras profissionais, harmonização salarial, pagamento de subsídios de férias de 2023, 13.º vencimento de 2024, dívidas ao INSS e INPS e o cancelamento de repreensões aplicadas a trabalhadores.
Em resposta, a Comissão de Gestão da Tmcel, através de uma comunicação enviada a 16 de Junho de 2025, descartou a necessidade de actualizar parte das matérias, alegando que estas “já foram devidamente explicadas e esgotadas” em correspondências anteriores, nomeadamente a de 13 de Janeiro de 2025, bem como em várias sessões de trabalho. Segundo a gestão, isto aplica-se ao reajuste salarial desde 2020, incrementos salariais e pagamento de retroactivos a cargos de direcção.
Sobre as carreiras profissionais e a harmonização salarial, a administração confirmou que o processo de definição foi concluído, mas esclareceu que a implementação está suspensa por falta de recursos financeiros, uma decisão tomada em Assembleia Geral Ordinária realizada a 2 de Junho de 2025.
Relativamente ao subsídio de férias de 2023 e ao 13.º salário de 2024, a Tmcel afirmou que o pagamento faseado, iniciado em Janeiro de 2025 e que beneficiou cerca de 45 trabalhadores, foi interrompido devido à necessidade de priorizar dívidas com credores. “Não tendo sido concluído o pagamento do subsídio de férias, fica automaticamente subjacente o não início do pagamento do 13.º salário de 2024”, lê-se na carta.
Quanto às dívidas junto do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), a empresa informou que continuam as negociações para a sua regularização e prometeu comunicar qualquer desenvolvimento ao Comité de Empresa.
Por fim, a gestão recusou o pedido de cancelamento das repreensões aplicadas a um grupo de trabalhadores, reiterando a sua posição já expressa em carta datada de 28 de Fevereiro de 2025.
O Comité de Empresa reagiu reafirmando o compromisso de continuar a lutar por melhores condições laborais, respeito pelos direitos adquiridos e pela construção de um diálogo “verdadeiramente construtivo” com a administração. (Nando Mabica)