Segundo Lígia Dias Fonseca, “no estádio da Machava, a dita tocha da unidade passou pelas mãos de Chissano, Guebuza, Nyusi e foi por este entregue ao actual Presidente da República, Daniel Chapo. A fotografia registou os responsáveis da má situação política, social e económica do País. Estes homens conduziram Moçambique ao atraso, à miséria, instalaram e consolidaram a corrupção em todo o aparelho administrativo e vivem na opulência, no bem-bom.”
De acordo com Lígia Dias Fonseca, “enquanto isso, o analfabetismo impera, a extrema pobreza cresce e a justiça depende da cor partidária e do poder financeiro. A saúde é para quem pode pagar o acesso às boas clínicas em Maputo ou no exterior. A promessa de desenvolvimento feita há 50 anos, nesse estádio da Machava, não foi cumprida. Gostaria que Daniel Chapo começasse por pedir desculpas ao povo moçambicano por 50 anos de um desgoverno comandado pela FRELIMO.”
Entende a advogada e antiga primeira-dama de Cabo-Verde que “não queremos essa chama de continuidade de opressão, incompetência, corrupção. Ela não é luz, é fogo que mata a esperança dos jovens.”
De referir que estas declarações foram feitas no âmbito das festividades dos 50 anos da independência nacional, onde os quatro presidentes de Moçambique vivos estiveram presentes e pegaram a chama da unidade nacional que circulou pelo País e gastou dos cofres do Estado mais de 30 milhões de Meticais, num contexto de elevada crise económica que o País enfrenta. (Omardine Omar)