A principal competição do futebol moçambicano volta ao relvado sob o peso das críticas ao adiamento do seu início, algo que não se via há cinco anos. Originalmente prevista para arrancar mais cedo no calendário, a edição deste ano enfrentou dificuldades relacionadas com a mobilidade das equipas, sobretudo devido à escassez de voos domésticos, o que pôs em causa o modelo tradicional da prova.
Apesar de propostas para a reformulação do formato do campeonato, a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) optou por manter a estrutura habitual, mesmo diante das fragilidades logísticas. A decisão gerou alguma apreensão entre clubes e adeptos, que temem que os problemas de deslocação se reflictam na competitividade e regularidade da prova.
A primeira jornada prossegue no Domingo com outros seis jogos. O Costa do Sol mede forças com o repescado Textáfrica, enquanto o vencedor da Taça de Moçambique, Ferroviário de Maputo, enfrenta o Ferroviário de Lichinga. O vice-campeão União Desportiva do Songo viaja até Nacala para defrontar o Ferroviário local.
Com 14 equipas em disputa — mais duas que na edição anterior —, o Moçambola 2025 entra em campo sob pressão: a de cumprir o calendário e devolver ao futebol nacional a estabilidade que lhe tem faltado nos últimos tempos. (Nando Mabica)