“Tendo em mente o bem da Igreja, que servi e continuarei a servir com fidelidade e amor, bem como contribuir à comunhão e à serenidade do Conclave, decidi obedecer, como sempre fiz, à-vontade do Papa Francisco de não entrar em Conclave, permanecendo convencido de minha inocência.”
Em Setembro de 2020, Francisco demitiu o cardeal Angelo Becciu de seu cargo no Dicastério das Causas dos Santos e retirou seus direitos como cardeal, após surgirem suspeitas de envolvimento em operações financeiras irregulares. A decisão foi tomada pessoalmente pelo Papa.
Becciu foi acusado de desvio e má gestão de fundos da Secretaria de Estado do Vaticano, incluindo investimentos financeiros obscuros e uso indevido de recursos da Igreja.
Em Dezembro de 2023, o cardeal foi condenado a cinco anos e meio de prisão pelo tribunal do Vaticano, tornando-se o mais alto representante da Igreja Católica já julgado e condenado por crimes financeiros pelo próprio Vaticano.
Angelo Becciu sempre negou as acusações, alegando que suas acções foram autorizadas nas normas da Santa Sé e motivadas por interesses legítimos da Igreja. Ele também afirmou que os fundos enviados a projectos ligados à sua família tinham fins humanitários e não envolviam enriquecimento pessoal. Sua defesa sustentou que não houve dolo nem má-fé em suas decisões financeiras. (Vatican News)