A viajante compartilhou sua insatisfação na rede social TikTok, onde afirmou que, apesar das belezas naturais e locais históricos do país, os preços elevados dificultam uma estadia mais longa.
Além da questão financeira, a turista também apontou entraves burocráticos, especialmente nas fronteiras, alegando que a entrada e permanência de visitantes são dificultadas pelas autoridades nacionais.
A crítica levanta preocupações sobre a imagem do turismo moçambicano, sector que tem sido um dos motores económicos do país, impulsionado por suas praias paradisíacas, parques nacionais e rico património cultural. Especialistas alertam que, se problemas como custos elevados e processos burocráticos não forem resolvidos, o sector pode enfrentar desafios adicionais para atrair turistas estrangeiros.
Moçambique compete com destinos como a África do Sul, Tanzânia e Ilhas Maurício, que oferecem experiências similares e, em alguns casos, maior acessibilidade. Nesse sentido, a crítica da viajante reacende o debate sobre a necessidade de tornar o turismo moçambicano mais competitivo, equilibrando preços e melhorando a experiência do visitante.
Até o momento, autoridades do sector não se pronunciaram oficialmente sobre a polémica. Entretanto, o caso levanta um questionamento importante: o que pode ser feito para melhorar a acessibilidade e atractividade do turismo em Moçambique. (Nando Mabica)
Não sei qual a nacionalidade/proveniência desta turista, mas tem inteira razão.
Fala alguém que residente em Portugal, e tendo em conta as suas raízes moçambicanas, de vez em quando visita Moçambique.
Por experiência própria, fazer férias em Moçambique (cujas praias e parques naturais como a Gorongosa, Chimanimani ou outros, que em nada ficam dever a outros destinos turísticos), fica muito mais caro do que fazê-lo no Brasil, Caraíbas, Maldivas ou até em destinos africanos.
Não é por acaso, que as agências de viagens, a partir de Portugal oferecem viagens para o Quénia, Africa do Sul, Maurícias, Namíbia, Zanzibar, e agora até já para Angola, e para Moçambique nada. Ainda houve alturas, em que havia um pacote ligado ao grupo Pestana, Maputo+Kruguer+Bazaruto, mas até este desapareceu dos radares das agências de viagens.
Quando viajo para Moçambique tenho de o fazer à medida o que naturalmente encarece a viagem e a estada, para já não falar dos entraves burocráticos relacionados com os vistos e as dificuldades com os agentes policiais e de emigração.
O turismo em Moçambique, pese embora as suas enormes potencialidades nunca será competitivo, enquanto não forem resolvidos estes problemas, acessibilidade de transportes (por ex., na minha última viagem a Moçambique, constatei que era mais barato para chegar à Beira, viajar através da Emirates, via Dubai para Joanesburg e daí para a Beira, do que Lisboa/Maputo (TAP) e Maputo/Beira (o vôo interno Maputo/ Beira era o quase o dobro do Joanesburg/Beira), equilíbrio de preços, melhoria da qualidade dos serviços e do atendimento dos visitantes.