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Home Integrity Reflexões O caldeirão do escriba

A Guerra da Frelimo contra o povo

A contenda travada contra o povo moçambicano transcende os sons dissonantes das armas — ou os estampidos vertiginosos das balas, como aquelas que ceifaram a vida de Elvino Dias — e até mesmo a violência estrutural dos blindados que, com uma insensibilidade inabalável, atropelam as promissoras esperanças de uma nação que, em sua busca por dignidade, se vê cruelmente despojada de seu futuro.

28 de Novembro, 2024
em O caldeirão do escriba
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A Guerra da Frelimo contra o povo
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A verdadeira guerra, em seu âmago, revela-se silente — não visível aos olhos de uma sociedade desatenta — mas devastadora em sua essência. Ela se materializa nas vielas da miséria, nos hospitais que falham em proporcionar a mínima dignidade, nas escolas que falham na sua nobre missão de formar, e em uma sociedade que, fragilizada, se vê progressivamente alijada dos direitos que deveriam ser universais e inalienáveis.

Este conflito, longe de ser uma inovação contemporânea, constitui-se num ciclo repetido de negação da humanidade do povo moçambicano. Sua génese encontra-se no instante em que a saúde, direito fundamental, é transmutada em mercadoria. O hospital — lugar que deveria ser sagrado para a cura — é reduzido a um espaço de sacrifício, onde os cidadãos, em sua grande maioria, são privados, muitas vezes, de medicamentos básicos. O custo de um atendimento mínimo reflecte a distância abissal entre a vida humana e os interesses financeiros daqueles que perpetuam a sua dominância no poder. A saúde, no discurso oficial, é proclamada como o maior valor — mas, na prática, é o capital que governa os destinos dos doentes, relegando os mais empobrecidos à mercê de sua própria sorte.

A educação, outro pilar fundamental para a edificação de uma nação, sofre a mesma sorte. As crianças são compelidas a aprender em condições sub-humanas — sentadas no chão, sem livros, sem materiais pedagógicos, sem a mais ínfima garantia de continuidade de seu percurso educacional.

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As escolas públicas — resquícios do que um dia foi um ideal de inclusão e progresso — estão à deriva, delapidadas e desprovidas de qualquer perspectiva substancial de renovação. O futuro de uma geração inteira é sacrificado em nome de um sistema educacional que se encontra falido — que não se preocupa em formar cidadãos conscientes, mas em moldar uma mão-de-obra barata e submissa.

Este panorama reflecte-se dolorosamente na formação das futuras lideranças do país, sejam policiais, enfermeiros, juízes ou engenheiros. Se é verdade que a educação constitui a pedra angular de qualquer nação, como podemos esperar que tal edificação seja erguida sobre fundações frágeis e instáveis? No entanto, é precisamente isso que observamos: uma geração de profissionais mal formados, destituídos dos princípios éticos basilares e de uma cidadania responsável, que se vê incapaz de apreender os valores que deveriam nortear a sociedade moçambicana.

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Entretanto, a guerra não se restringe ao campo das ideias e da formação. Ela se estende às infra-estruturas essenciais como água e energia – tratadas como privilégios e não como direitos fundamentais.

A ausência de infraestrutura adequada, a escassez de transporte público de qualidade, e o descaso com a construção de estradas e hospitais são provas irrefutáveis de que o povo é tratado como um subproduto de um sistema que privilegia uma minoria em detrimento da esmagadora maioria.

O aspecto mais trágico desse quadro é que, enquanto a população sofre devido à falta de recursos elementares, o aparato estatal se configura para se beneficiar da miséria alheia — por meio de contratos milionários e obras superfacturadas — que enriquecem a elite política e empresarial, enquanto o povo permanece na orfandade das promessas não cumpridas.

A cultura, a arte e a liberdade de expressão também não escapam à tirania deste regime. Quando se nega à juventude o acesso a espaços culturais, ao se fechar os olhos à importância da preservação da memória colectiva, quando a comunicação social se transforma em mera ferramenta de propaganda governamental, a guerra contra o povo adquire uma feição ainda mais insidiosa. Não se trata, apenas, de silenciar as vozes dissidentes — mas de abafar a própria alma da nação, sufocando suas expressões culturais e políticas em nome de um controle absoluto.

A guerra, portanto, é multifacetada — não travada apenas com o uso de armamento, mas também com o silêncio cúmplice da indiferença e com a violência estrutural, que, paulatinamente, vai corroendo a confiança nas instituições. A guerra da Frelimo contra o povo é, antes de tudo, a negação da dignidade humana — a reprodução incessante de um sistema que privilegia os poucos e submete os muitos ao sofrimento e à desigualdade.

A realidade é insofismável: ao longo de 49 anos de independência, Moçambique tem se configurado como um campo de batalha, onde os mais pobres, os mais vulneráveis, pagam o preço de uma liberdade que continua distante de se concretizar.

A luta não se limita à busca por um governo mais justo, mas pela edificação de um sistema que compreenda que o verdadeiro valor de uma nação reside na sua capacidade de garantir uma vida digna para todos os seus cidadãos, sem excepção. A guerra, portanto, não se dirige apenas contra o corpo do povo, mas contra os seus direitos mais básicos, contra seus sonhos, contra a sua própria liberdade.

Enquanto a Frelimo continuar a governar com base no princípio da dominação e do desdém pelo povo, o grito de guerra ecoará nas ruas, nas escolas, nos hospitais, nas estradas e em cada esquina deste país. Trata-se de um clamor que não pode ser silenciado, pois a história e a justiça exigem que seja ouvido. A guerra da Frelimo contra o povo é, em última instância, uma guerra pela verdade e pela liberdade, pela dignidade e pelos direitos que, até o momento, continuam a ser negados ao povo moçambicano.

Phatima Vilankulu Khosa

Tags: ContraFrelimoGuerraPovo
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