INTEGRITY, MAPUTO, 21 DE NOVEMBRO DE 2024 – O SNJ denunciou casos graves envolvendo a imprensa, como o ocorrido na Matola, onde profissionais da Rádio Moçambique foram cercados por manifestantes que tentaram incendiar a viatura da empresa. Embora tenham recusado, “os ocupantes foram obrigados a aceitar a vandalização do veículo como condição para prosseguirem viagem”. Situações semelhantes afetaram a TV Miramar e a TV Sucesso, cujos jornalistas e equipamentos foram atacados enquanto exerciam suas funções.
A organização também alertou para “excessos das Forças de Defesa e Segurança”, incluindo a detenção de jornalistas em Maputo e a usurpação de materiais de trabalho em Nampula e Niassa. Em alguns casos, os profissionais foram forçados a apagar gravações de manifestações populares.
Perante este cenário, o SNJ reiterou que “respeita o direito à manifestação, mas apela para que sejam respeitados os jornalistas e os órgãos de comunicação social, permitindo-lhes trabalhar de forma livre, sem intimidação de qualquer espécie”.
Além disso, o sindicato fez um apelo aos diferentes atores da sociedade:
Aos manifestantes, para que “não ameacem a integridade física dos profissionais nem destruam os seus meios de trabalho”;
Aos políticos, para que “evitem discursos de ódio dirigidos à comunicação social como forma de legitimar reivindicações”;
Às Forças de Defesa e Segurança, para que “garantam a proteção dos profissionais em situações de risco”.
O Secretariado reafirmou a necessidade de os profissionais priorizarem a sua segurança durante o trabalho, encorajando-os a reportar ameaças às autoridades competentes. Por fim, o SNJ solidarizou-se com os jornalistas vítimas de violência, reiterando que “o debate pacífico e o respeito mútuo são fundamentais para fortalecer a democracia no país”. – ONÉLIO DUARTE






