O jornalista Alfredo Leite e o repórter de imagem Marc Ricardo Silva, vieram a Maputo para retratarem para o canal televisivo Now, sobre os tumultos que vêm acontecendo em Maputo e pelo país fora, decorrente das manifestações pós-eleitorais e o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe que em vida o primeiro era advogado de Venâncio Mondlane, e o segundo Mandatário do partido PODEMOS.
As autoridades moçambicanas justificaram o facto de os visados terem visto de turismo para não reportarem nada e compulsivamente se retirarem de Maputo.
“Basicamente nós como acontece em toda a parte do mundo, desde a Ucrânia, o Líbano e Iraque, entramos com visto turístico para cobertura de curta duração e as autoridades de Maputo, valeram-se desse formalismo para nos impedir, a trabalhar ao fim de uma semana, alegando exactamente que nós teríamos que ter, um visto de trabalho, e que estávamos como turista”, explicou Leite em entrevista ao Now Notícias onde disse mais que “sendo certo que é assim habitualmente, para trabalhos de longa duração, não é assim em países que estamos habituados, que tem uma abertura democrática, para cobertura do jornalismo não é assim que funciona”, protestou.
“Para além da RTP, têm a agência LUSA, cujo correspondente foi baleado por balas de borracha, o resto não existe, ou são correspondentes de agências que circunstancialmente são enviados de Joanesburgo e para além de nós estava também uma televisão internacional a Al Jazera”, afiançou Alfredo Leite.
Sobre a circunstâncias de como foram tratados com as autoridades migratórias, Alfredo Leite sublinhou que: “saímos a força porque os nossos passaportes, foram apreendidos, possivelmente por essa alegação, e fomos escoltados até ao aeroporto, come se de criminosos vulgares se tratasse, mas na verdade a intenção era silenciar-nos sobretudo, depois de algumas coberturas que fizemos nos bairros de Maputo, com a polícia a tentar dispersar as manifestações”, concluiu.
Alfredo Leite e Marc Ricardo Silva foram expulsos de Maputo alegadamente por estarem a fomentar uma má imagem de Moçambique para além-fronteira. (Pedro Tawanda)