Após consultas com membros de sectores como comércio, transportes, restauração e o sector bancário, a CTA foi categórica em afirmar que nenhum desses sectores pretende aderir ao movimento, rejeitando a mistura de interesses políticos com questões económicas. As associações consultadas, incluindo a Associação dos Empresários Muçulmanos, manifestaram o repúdio à convocação de uma paralisação e apelaram às empresas para que mantenham as suas actividades normais.
A CTA advertiu que uma paralisação em larga escala traria sérios danos à economia e à sociedade, afectando principalmente a classe trabalhadora e suas famílias. Entre os principais prejuízos apontados estão o aumento da carestia de vida, a redução da capacidade de pagamento das empresas e o comprometimento do fornecimento de bens essenciais à população. A organização também expressou preocupação com a segurança dos empreendimentos, pedindo às forças de defesa e segurança que garantam proteção, uma vez que empresas podem ser alvos de manifestantes.
A confederação incentivou as empresas a manterem as suas operações comerciais na segunda-feira, reiterando que não há razões para temer possíveis interrupções. Em adição, a CTA fez um apelo aos órgãos eleitorais para que agilizem o processo de validação dos resultados eleitorais com transparência e imparcialidade, assegurando a credibilidade do processo e a estabilidade do país.
Contudo, além de reforçar a necessidade de manter o funcionamento normal das atividades empresariais, a CTA está empenhada em sensibilizar seus membros para o foco no trabalho, especialmente nesta fase do ano, quando a demanda por produtos começa a aumentar, em preparação para a quadra festiva. (Bendito Nascimento)