De acordo com uma publicação feita por Venâncio Mondlane, apesar do CHEGA ter uma ideologia radical (extrema-direita) que não se coadunam com a da Coligação Aliança Democrática, durante a reunião com a bancada do partido no parlamento europeu, as diferenças ideológicas foram “resolvidas”, permitindo um diálogo produtivo e construtivo. E defendeu que “foi um encontro que não visava o tipo de ideologia que tínhamos em comum, mas encontrar pontos de intersecção mútua para próximos tempos. Em Moçambique estamos a enfrentar problemas concretos no processo democrático e eleitoral, onde há uma conspiração para assassinar a democracia e impedir a CAD de exercer o seu direito fundamental de participação política”, sustentou.
Do encontro entre Mondlane e deputados da bancada do CHEGA no Parlamento Português, foi objecto de discussão a necessidade de evitar a excessiva ideologização dos posicionamentos cívicos e políticos. E mesmo com ideologias diferentes, CHEGA (forte defensor de políticas contra os imigrantes) e CAD encontraram o que a publicação chama de “pontos de convergência”.
Atrelado a esse ponto, o candidato presidencial da CAD, Venâncio Mondlane, junto do CHEGA, também abordou a situação política em Moçambique, tendo como ponto central, as supostas violações dos direitos democráticos praticados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) “Estamos a recorrer a todos os métodos legais para combater esta conspiração. A nossa cruzada internacional é fundamental para denunciar esta situação e buscar apoio para a restauração da democracia em Moçambique.”
Mondlane está fazendo um périplo pela Europa, onde começou por Portugal e tendo já se encontrado com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em uma maratona que inclui paradas na Suécia, Alemanha e possivelmente Inglaterra.
Entretanto, apesar dos aspectos acima citados, vários internautas através das suas páginas nas redes sociais, vem questionando o “fim último” deste encontro, uma vez que o CHEGA é um partido fascista e que tem uma outra postura face aos países colonizados por Portugal. (Benedito Nascimento)
