O ouro continua a registar um forte interesse por parte dos investidores, que encaram o metal dourado como um ativo contra a inflação e períodos mais turbulentos do mercado. Esta segunda-feira, chegou mesmo a um novo máximo histórico.
O metal precioso regista uma subida constante da cotação no mercado desde outubro do ano passado, quando valia 1.820 dólares. Desde então, a onça acumula uma valorização de 17,6%, chegando agora aos 2.140 dólares, o valor mais elevado dos últimos 56 anos, muito por conta da expectativa dos investidores de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) corte as taxas de juro brevemente.
Onça de ouro em máximos
Visto como um activo de refúgio, a onça de ouro superou pela primeira vez na história a barreira dos 2.140 dólares esta segunda-feira. A dar força a este resultado tem estado a expectativa dos investidores de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) comece a cortar as taxas de juro em breve, mas também todas as tensões geopolíticas que se têm feito notar por todo o globo.
“Não ficaríamos surpreendidos se o ouro corrigisse de alguns destes ganhos à medida que a Reserva Federal contraria cortes iminentes [nas Fed Funds], mas quando os cortes nas taxas parecerem certos, esperamos que o ouro seja transacionado em alta significativa”, referiu Nitesh Shah, analista de mercadorias da WisdomTree à Reuters.
Mas Shah não prevê que a subida da cotação do ouro fique por aqui. “Os riscos geopolíticos que persistem do Mar Vermelho e um ano com um calendário eleitoral denso a nível mundial irão provavelmente assistir a uma força contínua na procura de ouro por parte do retalho”.
Atualmente, o ouro está a corrigir ligeiramente do máximo histórico alcançado na sessão desta terça-feira, estando a negociar nos 2.129 dólares. (ECO)