Os dados foram avançados esta Terça-feira, 28 de Março de 2023, pela Administradora do distrito de Namuno, Maria Lázaro, falando em Pemba, na VI Sessão Ordinária do Conselho Executivo Provincial de Cabo Delgado.
“Em Hucula foram mortas três pessoas, queimados dois carros e quatro plasmas. Em Murameia, assassinaram 11 pessoas, uma das pessoas era o secretário da aldeia, feriram seis pessoas e todas já recuperadas. Foram queimadas 61 casas, um trator com atrelado, quatro motorizadas, quatro bicicletas e três barracas. Na aldeia de Mmawe, queimaram 750 casas, uma moageira, uma motorizada e quatro bicicletas”, explicou a administradora.
Prosseguindo, a dirigente avançou que “na aldeia de Cimeio, os terroristas queimaram 91 casas, um edifício escolar com três salas, 100 carteiras, uma igreja e cinco bicicletas. Já no posto administrativo de Namuno-sede, foi morta uma pessoa e 29 casas queimadas, na aldeia de Pararame, foram queimadas 222 casas, uma sala de aula, uma igreja e uma moageira, na aldeia de Nanrapa foi morta uma pessoa por decapitação. Na aldeia de Namituri , uma pessoa foi ferida gravemente, queimaram 141 casas, nove bicicletas, uma motobomba, três barracas, uma igreja católica e vandalização de material de uma mesquita”, disse Maria Lázaro.
Maria Lázaro fazendo hoje o balanço das atividades do distrito referente ao ano de 2022, na VI Sessão Ordinária do CEP, avançou que no período de Dezembro de 2022 á Fevereiro de 2023, houve o registo de 1.181 famílias e 686 casas afectadas por desastres naturais, das quais 582 casas foram totalmente destruídas por chuvas naquele distrito de Cabo Delgado.
“Feita avaliação das destruições, a equipe técnica concluiu que o fenômeno é provocado pelas seguintes razões: chuvas fortes prolongadas que culminaram com a saturação do solo, as construções por serem precárias e edificadas em zonas impróprias pantanosas e em zonas baixas, construções precárias com má cobertura”, revelou Maria Lázaro.
De referir que o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, e cerca de 4000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED. (Zumbo FM/INTEGRITY)