Os resultados deverão ser confirmados em breve pela Assembleia Geral, mas Joel Rodrigues, CEO do NedBank antecipou que a instituição de crédito, mais do que duplicou os resultados, do ano anterior, ou seja: em 2021, os resultados estiveram pouco acima dos 300 milhões de meticais e para 2022, prevêem-se que se situem acima dos 600 milhões de meticais, o que quer dizer que o crescimento anual é de 100%.
“Isto foi possível graças a um grande dinamismo comercial por parte das nossas equipas que estão no terreno no nosso dia-à-dia a servir os nossos clientes, temos de facto um crescimento da base de cliente de cerca de 13%, temos um crescimento do nosso credito também cerca de 10% temos cerca 13 bilhões de carteira.
A performance foi de facto muito positiva, em termos de ROE (Rentabilidade de capitais Próprios), multiplicamos aquilo que foi o ano de 2021, e portanto temos agora retornos de capitais Próprios temos 15 a16%, o que já nos põe em primeira linha naquilo que acontece em mercado financeiro moçambicano”. Disse o CEO do Nedbank Moçambique, Joel Rodrigues.
O NedBank Moçambique antevê e conclui que 2022 seja o melhor ano de sempre da historia do banco, em termos de resultadas, facto que impulsiona o banco para primeira linha do sistema financeiro nacional. É um desempenho impulsionado, segundo o CEO do NedBank Moçambique, pelo grande dinamismo comercial que tem caracterizado a actuação do banco no mercado
Relativamente a conjuntura do sistema financeiro nacional, Joel Rodrigues, disse que a medidas contracionistas que tem sido tomadas através da política monetária , incluindo a mais recente que consistiu no aumento do coeficiente das reservas obrigatórias para os passivos de moeda nacional, que saiu de 10,5% para 28% , moeda estrangeira de 11,5% para 28,5%, são medidas que vêm retirar liquidez no mercado, reflectem-se no sector. Entretanto, particularmente, no caso do NedBank o efeito é considerado marginal em virtude da robustez que o banco apresenta
“Nós enquanto grupo NEDBANK tínhamos uma posição de liquidez, muito mas muito confortável, portanto eu diria o impacto não foi substâncial desse ponto vista, depois há uma segunda linha de impacto tem haver com rentabilidade porque naturalmente temos agora um menor volume de liquidez para rentabilizar, seja através de concessão de crédito aos nossos clientes, seja através de alocação e títulos de tesouro, em bilhetes de tesouros, em obrigações do Estado, etc.
O CEO de NedBank, acrescentou ainda relativamente a resistividade do banco face a aspectos de conjuntura de mercado: “O nosso rácio de transformação o rácio de transformação do NEDBANK Moçambique é ainda um rácio de transformação bastante baixo, estamos um pouco acima de 50%”
O o Nedbank afiançou que todos os bons pojectos de financiamento terão financiamento do banco, pois existem buffers de liquidez para continuar apoiar os seus mas sobretudo os novos novos clientes.
“ Temos um projecto muito ambicioso para Moçambique queremos continuar a crescer o balanço conforme referi a nossa carteira de crédito já aumentou 10% ano passado, o ano anterior também tinha aumentado, portanto, temos as bases que permitam fazer, a rentabilidade naturalmente vai ser impactada no curto prazo”, frisou o CEO do Nedbank Moçambique.
A passagem do anterior Banco Único para o agora NedBank Moçambique, conferiu muita maior capacidade e qualidade ao banco, facto que pesa no crescimento que o banco tem vindo a registar e no contributo que tem prestado à economia
Em 2021, o então Banco Único mudou a sua identidade para Nedbank Moçambique, acto interpretado na altura, como uma união de forcas, onde foi reiterado o compromisso de continuar a manter a capacidade de inovação, agilidade, rapidez, proximidade e simplicidade na relação com os clientes de então, os actuais e futuros.
O Nedbank Moçambique, passava, efectivamente, a alicerçar-se no suporte, experiência e robustez financeira do Grupo Nedbank. Um dos maiores grupos financeiros de África, uma holding bancária cotada na Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE Limited), com uma capitalização de mercado de ZAR109 biliões em 31 de Dezembro de 2022, com operações na África do Sul, na Namíbia, no Eswatini, em Moçambique, no Lesoto e no Zimbabué, e offshore na Ilha de Man e Jersey.
Recorde-se que em 2014, o Nedbank entrou no capital do Banco Único tendo assumido desde logo uma posição de accionista de referência. Em 2016 aumentou a sua aposta no Único, passando a ter uma posição maioritária com a aquisição de 50%+1 acção, tendo a mesma sido reforçada em 2020 para os actuais 87,5%. Uma aposta feita em contexto de ciclos económicos desafiantes, reflectindo a total confiança não só em Moçambique, como também, na capacidade de criação de valor da equipa de gestão e dos mais de 600 Colaboradores, na altura. (Diário Económico)