O que TSU pode trazer nas FADM?

Com a aprovação da Tabela Salarial Única (TSU), através da Lei n.º 05/2022, de 14 de Fevereiro, que viria a ser revista devido à constatação de incongruências e inconformidades, trouxe a esperança de dias melhores para a classe executora das FADM, os Praça. Talvez as incongruências fossem propositadas!

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Quando se divulgou a primeira famosa e reforma da TSU, viram-se os militares como os mais beneficiados. A situação criou fúria até nas fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM). Ao notar-se que o militar ganharia mais que um Polícia, o Comandante da PRM também entrou na cena de contestações da tabela das FADM.

Na primeira tabela, o soldado de três a sete anos de serviço, recebia 14.758 Meticais, que correspondia ao Nível 4C; o de oito anos de serviço em diante, recebia 15.758 Meticais (Nível 4A). A história começava no Segundo Cabo, que recebia 22.758 Meticais (Nível 7C), uma diferença de 7 Mil Meticais face ao soldado comum. Com os subsídios de condição militar (10% do seu nível salarial) de Forças Especiais (15%, 20%, 25% e 26% do seu nível salarial). A variação da percentagem de subsídio de Forças Especiais dependia da especialidade: Um soldado com especialidade ganhava de 18.500 a 19.500 e Segundo Cabo, de 28.500 a 30.000 Meticais.

Todavia, com a nova tabela, a situação mudou. O salário mínimo nas FADM passou para 11 Mil Meticais, a remuneração do soldado, e 13 Mil Meticais, o Segundo Cabo. Ou seja, no salário-base, o soldado teve uma redução de 3 mil meticais e o Primeiro e Segundo, Cabo 8 e 7 Mil Meticais cada. A redução dos salários acendeu um nível de contestação e revolta silenciosa entre os soldados, pelo que os políticos devem ter muito cuidado com os sectores sensíveis como o da defesa.

PS: Texto publicado na segunda edição da INTEGRITY.