Segundo fontes locais, certas empresas baseadas em regiões como Mueda e aos arredores de Montepuez, acabam sendo usadas pelos furtivos locais, que abatem diversas espécies em complô com os proprietários das referidas empresas para que transportem a madeira até a região de Ninga, na rota de Negomano para Mtambasuala, na República da Tanzânia. De acordo com as fontes, o grupo chega a exportar por viagem cerca de 10 mil tábuas, enquanto as guias submetidas na Agência de Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA) e na direcção do Meio Ambiente possuem outros números.
No entanto, a situação já está a deixar os operadores madeireiros tidos como honestos com os nervos à flor da pele, uma vez que a rota usada para exportar a madeira acaba não beneficiando a província e muito menos o país, para além da madeira que é abatida em quantidades avultadas e retirada de Cabo Delgado sem o controlo recomendado.
De referir que recentemente, no Porto de Pemba passaram contentores exportando madeira em toro, pois embora, os técnicos envolvidos no esquema tenham sido detidos, um tempo depois foram soltos e regressaram aos seus postos de trabalho naturalmente e sem nenhuma responsabilização criminal e muito menos administrativa. (INTEGRITY)