Hoje, os militares e agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), assim como, outros funcionários públicos sentem-se enganados e maltratados. Hoje, quem havia ordenado que removessem os raminhos do tseke do quintal porque alegadamente em Outubro e Novembro, as somas pagas eram avultadas e apontavam para um futuro risonho, já repara mal o jardineiro que fez a limpeza no quintal e passou a constar das estatísticas que já são assustadoras. nos hospitais – pessoas com problemas de AVC o número aumentou.
A situação torna-se cataclísmica que líderes sectoriais como o Almirante Joaquim Rivás Mangrasse, aparecem nos órgãos de comunicação social afirmando que “nas FADM não é para ganhar dinheiro”, ou como o Comandante Geral da PRM, Bernardino Rafael, que através de um comunicado ameaçou disciplinar todo o agente que ousasse aderir a qualquer greve. O estranho disso, é que os dias passam e nem a Tabela Salarial Antiga (TSA), muito menos a propalada TSU se faz sentir. Sobre os critérios de enquadramento na TSU, ninguém se mostra solidário em explicar, deixando todos os militares e agentes da PRM em convulsões financeiras tenebrosas!
Entretanto, os dias passam e todos se questionam. Quando seremos pagos os nossos ordenados? Ou mesmo, será que virão com os retroactivos? Existem aqueles que problematizam a questão do enquadramento de escalões, como por exemplo, alguém promovido há quatro anos para a patente de Alferes, será que irá ganhar o mesmo com alguém que foi promovido há dias?
Todos encontram-se pasmos. Querem entender sobre o sentido dos escalões uma vez que na recente revisão, os salários nas FADM foram reduzidos drasticamente, o que pode afectar negativamente o desenvolvimento e moral da tropa.
Contudo, o não pagamento dos salários do mês de Janeiro está a criar uma onda de manifestações silenciosas no seio das fileiras militares e policiais, e com o silêncio de quem governa, as incertezas e indagações não param. (Omardine Omar)