IMN – MOÇAMBIQUE, 05 de Julho de 2022 – Há bairros, pelo menos nos arredores da capital moçambicana, que tornaram-se autênticos pântanos artificiais, mas, sem nenhuma atracção turística para humanos, porém, há alguns seres fanáticos daquele meio: moscas, mosquitos, e alguns dos seus “conterrâneos”.
Chega-se a imaginar que estes bairros são os ditos “escolhidos” ou propícios para a agricultura, mas não, as poças criadas em cada meio metro que o cidadão faz, são frutos de baldes e bacias carregadas de águas sujas.
O hábito torna-se comum e acaba distorcendo a imagem de alguns vizinhos civilizados, onde a educação sanitária/ambiental entra em guerra com quem defende as suas más acções alegando a sua falta de recursos.
Pessoas que têm o seu cérebro em dia, são obrigadas a “jogar à neca” com as poças para que não coloque em jogo os seus sapatos engraxados, mas em contrapartida encontramos cidadãos com ternos ou saltos altos, lançando no meio da rua a água que lavou as cuecas ou limpou o chão minutos antes (…) quanta discrepância, é aqui que notamos se as aparências correspondem com os nossos actos, ou são meros fetiches.
Quem não está habituado a estes cenários, desce do palco e questiona, nos bastidores: a casa do fulano não tem esgotos? Na casa do sicrano não tem meios para o escoamento das águas usadas?
São estas águas que os filhos destes tais adultos consomem quando fazem-se à rua para brincar; é nestas águas que nascem os mosquitos que cantam nas noites; é nestas águas que se acumulam as moscas pelas mesmas serem de magumba ou camarão.
É necessário cada um de nós reeducar-se naquilo que diz respeito à higiene no meio em que vive; a nossa saúde e a saúde do ambiente ficarão gratas pelas inúmeras doenças que estaremos a evitar, neste caso, mantendo as ruas secas, limpas.
Vamos deixar de seguir “tendências” nos pensamentos, “se o vizinho deitou aqui porquê eu não posso”…um por três, marque sempre a diferença. – PAULA CRISTINA