A informação foi avançada sexta-feira última, em Maputo, durante a reunião entre o Governo e os parceiros internacionais. O Ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, esteve à frente da comitiva governamental, no quadro do primeiro encontro do Comité de Coordenação de Assistência Técnica (TACC).
A criação do Comité de Coordenação da Assistência Técnica é a resposta de Moçambique ao anúncio feito no final de uma reunião plenária do GAFI, em Paris, em Outubro do ano passado. Na altura, o organismo colocou o país na chamada lista cinzenta de vigilância reforçada devido a deficiências estratégicas no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Falando no encontro, Ernesto Max Tonela disse que o Executivo desencadeou diversas acções com o objectivo de remover o país desta lista, com a maior brevidade possível, como indicador do seu comprometimento em resolver as deficiências estratégicas identificadas no Plano de Acção do GAFI.
Deste modo, segundo o ministro, foi aprovada, pelo Governo, a Estratégia de Remoção de Moçambique da Lista Cinzenta (2022-2024) em Dezembro do ano passado e a elaboração de um plano de actividades detalhado para a implementação do plano de acção acordado com o GAFI. O governante explicou que se pretende, com a formalização do Comité de Assistência Técnica, estabelecer uma plataforma de coordenação com os parceiros de modo a tornar eficaz a comunicação entre o Governo e parceiros, para assegurar a capitalização dos recursos disponibilizados.
Por seu turno, o embaixador da UE em Moçambique, Antonino Maggiore, mostrou-se satisfeito com o compromisso inicial e espera um máximo empenho das instituições moçambicanas para retirada do País da lista cinzenta dos países fáceis de branquear capitais e financiar o terrorismo. (Texto Jornal Notícias)