A expulsão daqueles acabou agitando a sala do evento, uma vez que três deles, eram vencedores de um fundo estatal por direito, mas seriam impedidos de receber porque escreviam assuntos que feriam a honra e bom nome de altas individualidades do Estado. Imediatamente, o grupo foi retirado da sala do evento e encaminhado para uma residência próxima a sede do partido que detinha todo o poder no referido país. Isolados, numa sala, onde a porta de entrada tinha um metro de altura e a janela estava próxima ao tecto, os escribas foram atirados para aquele local, no intuito de aguardarem a temível chefe máxima da secreta que iria dirigir o interrogatório.
Foi no período de reclusão que começa a conversa que nunca aconteceu, o grupo estava sentado bem ao lado da parede do calabouço, que por sinal, possuía uns “buraquinhos” bem ao lado. No local começa uma avaliação geral da governação – onde o homem de calção e camisete parecia ser mais dirigente que todos os homens trajados de fato e gravata.
Da boca do homem debateram-se matérias como a crise da educação, a corrupção sistémica, o papel do parlamento, o tráfico de drogas e o falhado método cubano do Estado, as falsas estatísticas da economia que não condiziam com a realidade do país, o despesismo dos governantes, as fraquezas do judiciário e do sector castrense, a criminalidade exacerbada que assolava o país, a inexistência de medicamentos apropriados no Sistema Nacional de Saúde, as constantes mortes por negligência nas unidades sanitárias, a precária rede de estradas, os fabulosos números de produção agropecuária, mas que no final do dia, ninguém e muito menos o próprio ministro do sector conseguia ter uma mesa de refeição mensal composta por produtos nacionais, o estágio do desenvolvimento humano, a pobreza urbana e periférica que não parava de aumentar, o alcoolismo e delinquência juvenil, o estranho recuo do governo na melhoria do sistema securitário do Estado face as novas tipologias criminais, os esquemas criminosos existentes nos sectores de petróleo, gás, pedras preciosas, ouro, energia, água, estradas, gestão das calamidades naturais, eleições, entre outros problemas que acabaram irritando os governantes presentes no banquete e ditou a criação de uma Comissão de Avaliação Governamental, presidida pelo anfitrião do banquete!
A dado momento, os reclusos pensaram que o país era dirigido pelo referido homem, devido ao seu amplo conhecimento sobre a ciência de gestão da coisa pública. O homem estava a dar aulas de governação, desmentido a narrativa de que o Estado/Governo estava a combater à corrupção. No banquete, numa das intervenções, o homem chegou a dizer que: “a corrupção é que garante o real vencimento do Funcionário e Agente do Estado (FAE) para que até aqui não se rebelasse, contra tudo e todos que estavam naquela mesa.”
Na ocasião, o homem chegou a sugerir que todos os governantes deveriam demitir-se e entregarem-se a uma Comissão de Verdades e Reconciliação Governativa e Histórica, para a sua detenção, por terem tornado o país num dos mais pobres do mundo, mesmo com todos os recursos humanos, naturais e científicos existentes. Pediu para que o chefe máximo, nomeia-se um porta-voz audaz e capaz, para que evitasse os graves lapsos comunicativos que abalavam a governação. Pediu que se contratasse consultores com a missão de avaliarem todas as contas públicas, a gestão de cada governante e junto com grandes académicos nacionais, redesenhassem a estratégia desenvolvimento do país para os próximos dez anos e as grandes prioridades bi-anuais do Estado.
Naquele espaço, o grupo percebeu que poderiam estar diante do verdadeiro chefe máximo, que não aparece e muito menos ninguém o conhecia, mas devido a irritação do verdadeiro chefe, compreendeu-se que era mais um prisioneiro de consciência com boas ideias, vários graus académicos e altamente treinado na gestão da coisa pública, facto este que levou os governantes a tornarem-lhe numa propriedade privada, com todas as contas pagas e monitorado dia e noite para que não colocasse a boca no trombone!
Entretanto, quando o homem pretendia iniciar uma análise exaustiva sobre cada área de governação, eis que a temível chefe da secreta chega, e manda soltar, um dos escribas detidos, porque alegadamente queria que o mesmo resolvesse seus problemas carnais. No pretendido interrogatório, promessas e juras de amor eram feitas, até que de repente, a luz do sol bateu sobre a janela do meu quarto e logo despertei, tendo perdido os restantes detalhes da conversa que nunca aconteceu – uma vez que estava a sonhar, quem sabe um dia volte a sonhar de forma igual e com todos os detalhes discutidos naquela mesa! (INTEGRITY)
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