IMN – MOÇAMBIQUE, 01 de Julho de 2022 – Foi durante um Webinar, organizado pela Associação Moçambicana de Economistas (AMECOM) realizado na Quarta-feira (29) e que contou com as intervenções de Abel Mareta, em representação da ARENE, Ricardo Cumbe, Secretário Geral da AMEPETROL, Borges Nhamire, Pesquisador do Centro de Integridade Pública (CIP) e Thomas Selemane, Economista e este na qualidade de moderador, debateram por cerca de duas horas, sobre o impacto das oscilações do preço de combustível no mercado nacional e regional.
Chamado a intervir, Ricardo Cumbe, da AMEPETROL, defendeu que “o sector privado (de importadores de combustíveis) enfrenta desafios no que tange à emissão de garantias exigidas pelos Bancos Comerciais.” Na ocasião foi revelada que dentre as medidas tomadas pelo executivo, onde não constam as medidas fiscais, as mesmas reduziram a taxa sobre os combustíveis em quatro meticais para mitigar o seu custo final ao consumidor. Assim como a estrutura de preços deve ser colocada no domínio público.
Entretanto, para Borges Nhamire, Pesquisador do CIP – “o combustível em trânsito, que supostamente deveria ir para outros países, acaba sendo vendido no mercado nacional a preços bonificados.” Acrescentando, Nhamire criticou, dizendo que “o efeito de subida de combustíveis é multiplicador e as medidas tomadas pelo Governo são paliativas.”
De referir que este debate surge num momento em que, no mês de Maio, o preço da gasolina subiu de 77,39 meticais para 83,30 meticais por litro, o gasóleo saiu dos anteriores 70,97 meticais para 78,48 meticais por litro e o gás doméstico, também, registou uma subida, passando de 80,49 meticais para 85,53 meticais por quilo. Entretanto, estes valores variam em função das províncias, distritos e vilas.
Portanto, com o desenrolar do debate, o Economista Thomas Selemane levantou a seguinte questão: “é possível Moçambique adotar o sistema de aquisição de combustível sem intermediação como acontece em outros países?” (Integrity)