IMN – MOÇAMBIQUE, 30 de Junho de 2022 – Quando, em 2021, o Almirante Joaquim Mangrasse foi nomeado Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) pelo Presidente da República e Comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Jacinto Nyusi, a nível do Exército, acreditou-se que o calvário havia chegado ao fim. Mas não, era o início de uma longa viagem à Canaã.
Com uma carta-branca para fazer e desfazer, segundo apurámos de fontes Militares, o Almirante Joaquim Mangrasse foi desmontando diversos esquemas que imperavam há décadas no sector. Entre eles, o funcionamento do esquema ligado aos 7 mil Militares fantasmas que, conforme aferimos, até à data, eram contabilizados inclusive quartéis militares que não existem, como é o caso do Distrito de Chinde, na Província da Zambézia, que constava existir uma posição militar, o que não é verdade.
De fontes Militares, a “Integrity” apurou que o ambiente, ao nível das FADM, já não é o mesmo: o descontentamento acentua-se com os constantes atrasos salariais e o escamoteamento dos princípios normativos que regem o sector castrense. Ademais, as fontes revelaram que o ambiente anda tenso entre as diferentes áreas de actuação daquele importante sector de protecção da soberania nacional.
Por conseguinte, a situação agrava-se devido ao não pagamento dos ordenados nas datas previstas porque, alegadamente, os Militares nunca virão ao público para exigir a reposição dos seus direitos. (Integrity)