INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 09 de Dezembro de 2022-O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje que os médicos se pautem pelo diálogo e que “não deixem o povo morrer”.
A Associação Médica de Moçambique (AMM) denunciou que vários profissionais de saúde estão a receber “ameaças” de superiores, que visam “bloquear” a adesão à greve nacional de médicos de 21 dias, iniciada na segunda-feira.
“A cada cinco minutos recebemos denúncias de ameaças sofridas por médicos de todo o país”, disse o presidente da AMM, Milton Tatia, à agência Lusa.
A Rede Moçambicana dos Defensores de Direitos Humanos (RMDDH) condenou hoje, em comunicado, “qualquer ação de caça às bruxas, contra os médicos”, destacando que “a greve é um direito fundamental”.
Apesar das ameaças, a AMM referiu que está “firme e forte” no seu propósito, acrescentando que a atitude do Governo demonstra que “não quer encontrar soluções” para as reivindicações.
“Estamos no quarto dia de greve e até hoje ainda não houve nenhuma intenção de diálogo”, concluiu Milton Tatia.
Em novembro, os médicos adiaram a greve, após encontros com os ministros da Economia e da Saúde, para “dar tempo ao Governo” de “implementar os princípios acordados”.
No entanto, dos 12 pontos de discórdia, foram alcançados acordos em oito, mas a associação diz que o Governo moçambicano cumpriu “apenas três”.
A AMM aponta a “mudança constante de interlocutores por parte do Governo” e a falta de transparência sobre a “forma como os salários dos médicos estão a ser ou não processados” como alguns dos pontos que determinaram o fracasso das negociações até esta altura.
A implementação da TSU está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, nomeadamente médicos, juízes e professores. (DW África/INTEGRITY)
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