A paciente apresentava uma acentuada distensão abdominal (barriga muito inchada) e atraso menstrual, sinais que a fizeram acreditar, como muitos profissionais também suspeitaram, que se tratava de uma gravidez de termo (como se a gravidez já tivesse chegado ao fim). Após diversas tentativas de solução na sua terra, decidiu viajar até à cidade de Nampula, onde procurou ajuda no Hospital Geral de Marrere.
Ali, foi diagnosticada com suspeita de gravidez de termo sem trabalho de parto e com apresentação fetal transversal, ou seja (O bebé não estava na posição adequada para o parto), sendo encaminhada de urgência para o HCN.
No Hospital Central de Nampula, a equipa médica conduziu uma avaliação criteriosa. Ecografia pélvica, ecografia abdominal, TAC, avaliação anestésica e outros exames foram realizados com prontidão. A ecografia revelou um resultado inesperado e decisivo: não havia gravidez. O que ocupava quase toda a cavidade abdominal era, na verdade, um tumor gigante do ovário com mais de 10 quilos.
A cirurgia, liderada pela Dr. ᵃ Filipa, médica gineco-obstetra e pela sua equipa, exigiu uma combinação habilidosa, calma e precisão extrema. O tumor, de grandes dimensões e com forte irrigação sanguínea, foi removido com sucesso num procedimento delicado e tecnicamente desafiante.
O peso da massa tumoral colocou literalmente à prova o esforço físico da equipa, já exausta após longas horas de trabalho na sala de grandes cirurgias.
Hoje, a jovem encontra-se internada na enfermaria, em processo de recuperação positiva, rodeada de cuidados atentos e especializados.
Este caso ultrapassa a descrição de uma cirurgia bem-sucedida: é um testemunho vivo da capacidade técnica, do compromisso e da prontidão dos profissionais do HCN. Todos os dias, a equipa enfrenta desafios complexos, oferecendo soluções de excelência e, acima de tudo, devolvendo esperança e vida aos seus utentes. (FONTE: HCN_DCI)

