A candidatura será entregue pelo seu mandatário, na companhia de membros da lista proposta para os órgãos sociais.
A visão de Lucas Chachine para a CCM centra-se na transformação da instituição numa câmara líder em advocacia, informação e ligações empresariais, garantindo a provisão de produtos e serviços de forma única e eficiente para os seus membros.
Lembre-se que a corrida para a presidência da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), marcada para 22 de Dezembro, já está gerando fortes tensões internas, com acusações de manipulação eleitoral envolvendo figuras de destaque do sector empresarial.
Segundo escreveu recentemente o Jornal Evidências, o actual presidente da mesa da Assembleia-Geral da CCM e da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Lucas Chachine, é acusado de tentar influenciar o processo eleitoral em aliança com Álvaro Massingue, actual presidente da CTA e ainda dirigente interino da CCM.
De acordo com o periódico, ambos são apontados como responsáveis por uma alegada operação de pagamento massivo de quotas de associados em troca de votos, uma prática que já teria ocorrido durante as eleições na CTA.
O Evidências afirmou ter interceptado uma carta da empresa ACUTREX AS, Lda., que manifesta apoio antecipado à candidatura de Chachine, mesmo antes do início oficial do processo eleitoral, constituindo uma violação dos estatutos internos da Câmara.
Fontes internas citadas pelo jornal descrevem a movimentação de Massingue e Chachine como uma tentativa de “acumular poder” e “controlar” simultaneamente a CTA e a CCM, num cenário interpretado como uma possível “fusão informal” das duas principais organizações empresariais do país.
O Evidências reporta ainda que há campanhas antecipadas e pedidos informais de voto, contrariando as regras que determinam que a campanha eleitoral só pode começar uma semana antes do escrutínio.
Entre os membros da CCM cresce a preocupação de que o pleito de Dezembro possa repetir o padrão das eleições da CTA, marcadas por pagamentos irregulares de quotas de associações devedoras para garantir apoio à lista de Massingue e Chachine.
Nos bastidores, a disputa é vista como mais do que uma simples eleição interna: trata-se de uma luta pelo controlo de espaços estratégicos de influência política e económica, uma vez que, nos últimos anos, a CCM tem assumido um papel de destaque em missões empresariais e eventos nacionais antes coordenados pela CTA.
Com as eleições a aproximarem-se, resta saber como conclui o Evidências, se o processo será marcado pela transparência e democracia ou se prevalecerão as lógicas de influência e alianças corporativas que têm caracterizado a política empresarial moçambicana. (INTEGRITY)







