Denúncia expõe superlotação, extorsão e maus-tratos em viagem da Etrago entre Maputo e Nampula

Uma nova denúncia envolvendo a transportadora interprovincial Etrago volta a levantar sérias preocupações sobre as condições de segurança e o tratamento dado aos passageiros. Relatos enviados à nossa redação dão conta de que a viatura que partiu de Maputo com destino a Nampula seguia em superlotação extrema, com pessoas sentadas no chão, em pé nos corredores e outras transportadas sem lugar marcado.

INTEGRITY, MAPUTO, 14 DE NOVEMBRO DE 2025 – As imagens partilhadas pelos próprios viajantes ilustram o cenário caótico vivido durante o percurso.

Num dos testemunhos enviados, a situação é descrita como “deplorável”, com acusações de extorsão, maus-tratos e insultos por parte da tripulação.

“Temos uma denúncia. Estamos numa viagem a Pemba. A tripulação está a extorquir e maltratar passageiros. As pessoas estão a viajar em pé e nos corredores desde Maputo. Agora estamos a chegar ao Inchope e baldearam algumas pessoas que vão para Beira e Manica. Levaram outras para Nampula que vinham noutra viatura, e estão de pé. Caso deplorável”, relatou um dos passageiros.

Segundo a denúncia, foram emitidos vários bilhetes com a mesma numeração, incluindo três passageiros que afirmam possuir o bilhete correspondente à cadeira número 10  uma situação considerada grave e que aponta para possíveis irregularidades na gestão da bilheteira.

Os denunciantes afirmam ainda que o motorista, alegadamente sobrinho do proprietário da empresa, teria proferido insultos contra passageiros desde o início da viagem.

Contactado pela nossa redação, um funcionário da Etrago, identificado apenas como Dias, negou as acusações, afirmando que “não é verdade”. No entanto, as imagens e os testemunhos enviados pelos passageiros contradizem esta versão.

A viagem, que teve início em Maputo e incluía escalas em Inchope, deveria seguir até Pemba. Contudo, parte dos passageiros refere ter sido desembarcada e redistribuída de forma irregular para viaturas com destino à Beira, Manica e Nampula, aumentando a sensação de desorganização e insegurança durante o percurso.

Até ao momento, a empresa Etrago ainda não emitiu qualquer esclarecimento oficial sobre o caso.

Continuaremos a acompanhar o desenvolvimento desta denúncia. – NANDO MABICA

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