Portanto, do que uma cidade que procura sorrir, Maputo é um local de mistérios e problemas complexos, ou seja, se antes os bairros eram controlados por gangues distintas, hoje Maputo é local que acomoda criminosos com currículo internacional imenso e que nenhum Estado sério gostaria de ter e ver no seu território.
Em Maputo muitos se sentem bem, como diz Mc Roger, na sua icónica música: “em Maputo, eu me sinto bem. Em Maputo, eu me sinto (…)”. Entretanto, é em Maputo, onde muitas famílias viram os seus sonhos destruídos com o fenómeno dos raptos, assassinatos inexplicáveis, balas direccionadas e perdidas em plena rua, onde uma lixeira caiu e ninguém foi responsabilizado política, administrativamente e muito menos criminalmente. É uma terra de oportunidade para todos que procuram vencer na vida, mas também de derrocada para os que procuram crescer sem princípios e nem planificação.
Em tempos, Maputo era a metrópole da esperança, onde todo jovem sonhador nascido e crescido no centro ou norte do País sonhava em chegar. Hoje Maputo é o rosto da insignificância de um Estado, uma vez que é nesta urbe onde os grupos criminosos instalaram seus interesses e fazem e desfazem a luz do dia e demonstram que tudo controlam, porque sempre que praticam um acto nebuloso ou criminoso, nenhum polícia está nas ruas e as estradas que normalmente ficam congestionadas, o tráfego não se regista e mais um empresário perde seus fundos, a empresa fecha e vários pais de família vão para o desemprego.
Em Maputo, mulheres desaparecem misteriosamente e seus corpos são encontrados sem vida. Em Maputo críticos são sistemas são caçados e mortos. Outros sequestrados, molestados e atirados nas matas. É uma cidade com várias faces. É uma terra que dá medo aos justos e agrada aos ímpios e malandros. Em Maputo podes ser famoso daqui para aqui e sujo a velocidade da luz. É uma cidade colorida de histórias de cor rosa e maquiagens mal feitas. Onde a desigualdade social e económica facilmente se comprova e a pobreza e riqueza se confrontam. É Maputo, o rosto civilizado e selvático de Moçambique! (Omardine Omar)






