O governante que se encontrava de visita de monitoria à província de Manica, entre os dias 31 de Outubro e 1 de Novembro, deslocou-se às duas unidades penitenciárias, para avaliar o grau de implementação do programa de produção agro-pecuária nos campos de produção destes estabelecimentos.
No terreno, Saize constatou que os campos agrícolas das unidades correctivas poderão, até o fim de 2025, registar uma safra de 380 toneladas de milho e entre 10 e 11 toneladas de batata-reno, entre outras quantidades de hortícolas, que poderão reforçar a dieta alimentar de homens e mulheres em situação reclusória.
O Estado moçambicano despende, mensalmente, cerca de 48 milhões de meticais na provisão de bens alimentares para os Estabelecimentos penitenciários e o titular da Pasta de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos assinalou que ao ritmo em que se encontra a produtividade interna, o executivo moçambicano vai poupar mais com a despesa da dieta alimentar da pessoa reclusa.
“Estamos a falar de 3 mil reclusos em 8 meses, é muito… Isso tudo nos dá a coragem de continuar a trabalhar na produção agro-pecuária para ajudarmos o Estado. Não podemos ter os nossos internos ociosos à espera do Orçamento do Estado para sua alimentação. Eles estão produzindo abundantemente, para ajudar na alimentação interna”, afirmou o governante.
Ainda assim, Saize realçou que a produção agrícola dos campos penitenciários visa também gerar rendimento, convertido para cobrir algumas despesas de rotina nos estabelecimentos correctivos.
“Estamos apostando na produção de produtos de rendimento, para podermos vender e dessa venda podermos ter dinheiro para comprar produtos derivados. Estamos a ajudar de certa maneira na melhoria da dieta alimentar dos nossos reclusos e aumentarmos a nossa sustentabilidade”, elucidou.
Além de Báruè e Manica, o dirigente apontou para o campo de produção agrícola penitenciária no distrito de Mabalane, na província de Gaza, como sendo um exemplo de produtividade para a autonomia alimentar da pessoa em situação reclusória. Saize destacou que esta iniciativa deve se replicar em todos os estabelecimentos existentes no território nacional.
“Estamos contactando ao nível dos governos locais para nos cederem espaços como esses para podermos desenvolver nossas actividades agro-pecuárias. Aqui na zona Centro, temos muitos campos de produção, na zona Norte também”, afirmou.
No primeiro dia da sua visita, Sexta-feira, Mateus Saize participou da colheita de diversos produtos como a batata-reno, o repolho, fez o plantio de árvore de fruta e debulha de milho no campo de produção do Estabelecimento Penitenciário Regional Centro-Aberto de Cagole. Já no segundo dia, Sábado, o governante deslocou-se ao distrito de Manica, para visitar o Estabelecimento Penitenciário Distrital e outras instituições ligadas ao sector da Justiça. (Precidónio Uamusse)

