O Índice de 2025 coloca a SASOL Petroleum Temane no topo do ranking de transparência com uma pontuação de 73,68%, seguida de perto pela Montepuez Ruby Mining (MRM) com 73,24% e a Twigg Exploration & Mining, Lda com 62,40%. A Kenmare recebeu a mais alta distinção do ITSE, o Prémio Gold Standard de Excelência e Transparência.
No índice de transparência, o CIP avalia 45 critérios baseados no ESG-F, nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e nos indicadores do Índice Global de Relatórios sobre como as empresas lidam com as suas questões financeiras, sociais e ambientais. Das 32 empresas analisadas, 18 tiveram uma pontuação de 0,00%, operando num estado de sigilo absoluto.
Ao discutir o desempenho de toda a indústria extractiva moçambicana em termos de transparência, Rui Mate, investigador e economista do CIP, afirmou: “A pontuação média geral é de apenas 17,98%. Isto demonstra que o sector com maior potencial para o futuro de Moçambique continua a ser cronicamente opaco e largamente resistente à prestação de contas, com poucas excepções.” A MRM é uma dessas excepções exemplares, de acordo com Rui Mate.
Nesta edição, o CIP também analisou o progresso de 32 empresas desde o primeiro índice em 2020. A MRM melhorou 33,24 pontos percentuais, passando de 40% em 2020 para 73,24% em 2024, e subiu do sétimo para o segundo lugar, ganhando o título de líder em melhorias ao lado da Kenmare e da SASOL.
Ao receber o prémio em nome da mina, o Director de Assuntos Corporativos, Raime Raimundo, disse: “A MRM e a Gemfields têm promovido proactivamente a transparência no sector da mineração e convidado outras empresas a assumirem o mesmo compromisso. Este reconhecimento indica que esses esforços estão realmente a valer a pena.”
Pela primeira vez, várias partes interessadas, incluindo meios de comunicação social, ONGs, público em geral bem como autoridades reguladoras (como MIREME, INP, INAMI e AT), foram consultadas, com a MRM a ser reconhecida pelas autoridades reguladoras como a empresa mineira mais transparente do país.
Em 2021, a empresa-mãe da MRM, Gemfields, introduziu o G-Factor para Recursos Naturais – que mede uma percentagem de impostos e royalties pagos por uma empresa de recursos naturais ao governo. O G-Factor para Recursos Naturais da MRM está em 24% desde 2014 (ou seja, 24% da receita foi paga em impostos e royalties), e a empresa incentiva outras empresas a fornecerem o seu G-Factor para permitir maior transparência em relação aos recursos naturais de Moçambique.
Além de promover a transparência, a MRM está empenhada em criar espaços de diálogo entre as várias partes interessadas do sector mineiro: comunidades, sociedade civil, governo, parlamentares e investidores. Uma das iniciativas da MRM, denominada Mesa Redonda da Indústria Mineira, foi recentemente implementada pela Câmara de Minas de Moçambique. (Comunicado)







