IMN – MOÇAMBIQUE, 27 de Junho de 2022 – Os ataques terroristas, em Moçambique, já perduram desde Outubro de 2017. Na altura, estes foram menosprezados. As autoridades governamentais e policiais, por várias vezes, viram-se mergulhadas em contradições e confirmações tardias, num contexto em que a população chegava e continua a caminhar milhares de quilómetros em busca de protecção, alimentação e abrigo seguro.
Embora haja intervenção de tropas da região e de Ruanda, sucede que, nos últimos 15 dias, os ataques terroristas que anteriormente ocorriam nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe, Palma, Mueda, Nangade, Quissanga e Meluco, estes atravessaram as cortinas de segurança para os distritos de Ancuabe, Chiúre e Mecufi, e há relatos de queima de viaturas e residências nas redondezas de Mieze, em Metuge, há 30 km da capital de Cabo Delgado, a Cidade de Pemba.
Esta situação já provocou mais uma vaga de deslocados internos, que rondavam os 830 mil deslocados, segundo os dados oficiais do Governo moçambicano. Porém, há relatos mediante os quais, no passado dia 17 de Junho (Sexta-feira), cerca de 14 terroristas armados, supostamente vindos de Cabo Delgado, vistos a atravessar o rio Lúrio, por crianças e idosos escondidos nas matas, teriam atacado o Posto Administrativo de Lúrio e realizado a primeira incursão no Bairro Ntupue, Distrito de Memba, na Província de Nampula, onde atacaram a casa do Sr. Constantino Alberto, socorrista da comunidade, tendo-se apropriado de todos medicamentos que este tinha na sua residência.
Em relação ao alegado ataque à Memba, os terroristas entraram em duas barracas de cidadãos locais, Ibraim Osvaldo e Joãozinho Severino, e na residência de um cidadão conhecido localmente por Sheie Ajonasse. Todavia, nesta Segunda-feira (20.06), o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, através do seu Porta-voz, Zacarias Nacute, chamou à Imprensa para desmentir a ocorrência de um ataque às regiões de Lúrio e Siriça. Segundo a fonte, houve apenas uma instabilidade a nível daquelas comunidades, pelo que, neste momento, foram destacados efectivos para reforçar a segurança naqueles locais e arredores.
Apesar dos desmentidos e contradições das autoridades, páginas noticiosas nas redes sociais, atribuídas ao grupo terrorista, que segundo a ACLED (Projecto de Dados do Conflito e o Observatório de Conflito de Moçambique, indicam que já morreram mais de 3100 pessoas, entre civis, militares e terroristas. Além disso, nos últimos dias, realizaram-se ataques nos distritos de Ancuabe e Nangade, e há imagens postas a circular nas quais os terroristas reivindicaram terem assassinado duas pessoas, queimado casas, igreja e saqueados diversos produtos alimentares.
Sobre a actual situação das incursões terroristas em Moçambique e o dilema dos desmentidos e confirmações, a Pesquisadora Sênior da Human Rights Watch (HRW), Zenaida Machado, escreveu, nesta Segunda-feira (20.06), na sua conta de Twitter, o seguinte: “Os residentes parecem estar presos entre dois problemas. Um grupo armado impiedoso ligado ao EI e um Governo que parece ter renunciado ao seu dever de proteger a população.”
De referir que, há dias, um ataque terrorista, em Ancuabe, provocou a morte de 2 agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e, durante o combate, cerca de 8 armas de fogo foram perdidas pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).
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