“Um indivíduo com 18 anos pode eleger e pode ser eleito, então por coerência não faz nenhum sentido que continue a ser tratado por menor”, disse Adelino Muchanga afirmando não haver razões científicas para os jovens moçambicanos continuarem a ser tratados por menores depois dos 18 anos.
Com estas afirmações, Muchanga descarta as afirmações avançadas de que Moçambique não está em condições de reduzir a sua maioridade para 18 anos. Ademais, sublinha que deve ser reduzida para igualar a realidade da região.
“Em muitos países irmãos reduziram a maioridade para 18 anos (…) Eu sou apologista da redução da maioridade civil para igualar a dos outros países”, vincou.
Entre os argumentos apresentados para a não redução da maioridade, em alguns círculos, está o facto de considerar-se que o jovem moçambicano de 18 anos não possui capacidades intelectuais para assumir a maioridade, devido à baixa qualidade do sistema nacional de educação.
Adelino Muchanga discorda desta posição, dando exemplo pessoal, frisou que a maioridade não está relacionada com o sistema de educação. Aliás, sublinha que os jovens moçambicanos têm a mesma capacidade que os demais de outros países.
“Creio que a maturidade não se não depende muito do sistema de educação. Temos a mesma maturidade do que qualquer outro cidadão em qualquer ponto do globo”.
Adelino Muchanga falava, na Cidade de Maputo, à margem da cerimónia alusiva ao Dia Nacional do Egipto. (Ekibal Seda)