IMN – MOÇAMBIQUE, 27 de Junho de 2022 – Quando “explodiu” o escândalo dos erros, nos livros escolares da 6ª classe, Ciências Sociais, Gina Guibunda, então Porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), foi delegada para falar em nome de todos os seus superiores, entre elas, a ministra do pelouro, Carmelita Nhamashulua. Como diz o adágio popular “quando a boca está nauseabunda, é melhor não abri-la para que as moscas não possam entrar”, no entanto a 30 de Maio, do presente ano, Guibunda proferiu um discurso que veio incendiar a casa quando “rematou” o assunto das erratas em mais de 150 mil livros impressos e distribuídos aos alunos existentes nas escolas das 11 províncias e 154 distritos existentes no país.
A situação agitou as águas da opinião pública moçambicana. Veio uma chuva de críticas, mas, nesta semana, as coisas ficaram mais claras quando a ministra do pelouro decidiu ser ela a anunciar os supostos resultados do inquérito que continuam a mostrar que o executivo moçambicano age na base da reacção e não na proactividade como deveria ser. De fontes internas do MINEDH, a Integrity apurou que a instituição vive num mar de crises, caracterizados por falta de autoridade administrativa e política, tudo devido aos grupos de interesse que nos últimos anos foram sendo deixados de lado nos milionários negócios de contratação, produção, organização, distribuição e monitoria dos exames, livros e outros serviços essenciais existentes naquela instituição.
Conforme apuramos, o escândalo que hoje rebentou se for encaminhado para as instituições judiciais, conforme avançou Carmelita Nhamashulua, poderá destapar toda a teia dos escândalos sucessivos que têm assolado aquele importante sector de transformação social de qualquer nação. Entretanto, através de uma nota com o número 672/GM/MINEDH/023.4/2022 com o título: Comunicação de despachos de cessação de funções, de 21 de Junho de 2022, Nhamashulua comunicava a queda de Ismael Cassamo Nheze, da função de Director-Geral do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação, Gina Maria Guibunda Longamane, ex-Director Nacional e Fabião Nhabique, Chefe de Departamento Central Autónomo.
A cessação destas três figuras conforme apuramos não resolve os problemas do MINEDH, enquanto a actual timoneira máxima não for exonerada, uma vez que o grande problema é a falta de autoridade administrativa e política. A par disso, a guerra entre as comadres ficou evidente com a actuação da Ministra Nhamashulua, que agiu como árbitro e jogador ao decidir ser ela a anunciar os supostos resultados da Comissão de Inquérito.
Aliás, o Centro de Integridade Pública (CIP), através de uma nota divulgada nessa quarta-feira (22), denunciou o evidente conflito de interesses na apresentação dos resultados da Comissão de Inquérito, tendo inclusive constatado a violação do Artigo 35 da Lei de Probidade Pública (LPP) que estabelece o seguinte: “o servidor público deve abster-se de (…) praticar qualquer acto (…) sempre que se encontre em qualquer circunstância (…) que possa criar no público a percepção de falta de integridade na sua conduta”. Ass. Integrity
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