INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 18 de Outubro de 2022-A história do espaço que hoje carrega o codinome de Parque Nacional de Maputo (PNM) que esta localizado no distrito de Matutuíne, tendo como limite leste o Oceano Índico, a norte a Baia de Maputo, a oeste os rios Maputo e Futi, e a Sul a fronteira com a África do Sul.
Dados históricos indicam que tudo começou no ano de 1932 quando um grupo de conservacionista decidiu pela instalação de uma quotada, entretanto devido a questão da caça, através do diploma legislativo número 994, de 23 de Julho de 1960 foi criada a Reserva Especial de Maputo e houve uma readaptação do espaço que comporta mais de 104 mil hectares, mas isto só seria possível no ano de 2009 quando o espaço ganhou uma outra dimensão. Já em 2011 passou a considerar-se por corredor de futi e no ano de 2019 passou a contemplar um leque das Áreas de Conservação Ambiental, com o timbre de Reserva Especial de Maputo até 2021 que elevou-se a categoria de Parque Nacional de Maputo.
O Parque Nacional de Maputo possui uma diversidade de espécies de animais. Dados actualizados indicam que o espaço acolhe mais de 5.300 animais de diferentes espécies que tem sido reintroduzidos constantemente. Entretanto, para além da beleza paisagística que o Parque apresenta, o facto é que no interior do PNM residem cerca de 130 famílias e que desenvolvem actividades diferentes para o seu autossustento e para a materialização dos seus projectos de vida, entre as actividades estão a produção agrícola e a produção de mel. Já em redor do PNM vivem 24 comunidades.
De acordo com Rodolfo Cumbane, Oficial de Conservação do PNM, em termos de investimentos para as comunidades que desde 2006 vem recebendo vários financiamentos que já ultrapassaram três milhões de USD, onde crianças locais beneficiam-se das bolsas e apoios, cuja actualmente existem 72 formandos em diferentes áreas, 18 bolseiras e estudantes do ensino secundário. Estes investimentos visam no fundo transformar a vida das famílias que anteriormente viviam da caça.
O dia-a-dia no PNM não é feito apenas de questões boas, mas também de alguns aspectos inevitáveis, como foi o caso da perda de vida de seis fiscais nos últimos 10 anos, conforme revelou Fernando Artur Manjor, chefe das operações do PNM, um dos melhores fiscais de Moçambique, que lidera um grupo de mais de 30 fiscais e que recentemente resistiram a uma tentativa de extorsão por parte de um empresário local encontrado a 600 metros da vedação de Guengo, caçando animais e com uma arma contendo cinco munições.
Para além do cultivo de hortícolas, entre as quatro comunidades residentes no interior do PNM, algumas dedicam-se ao corte do Jungo (Tsolobane e Muvukoza) e as outras na captura do caranguejo (Buíngane e Liundo). De referir que em termos turísticos, o PNM propícia uma diversidade de opções, entre safaris em grupo ou guiados, onde poderá deparar-se com animais como elefantes, girafas, zebras, entre outros. (Omardine Omar)
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