Esta reivindicação ocorre numa altura em que o grupo terrorista já realizou incursões em acampamentos turísticos e conservacionistas na província de Niassa, onde destruíram e saquearam bens de empresas que já actuam há décadas naquela região.
Os ataques terroristas em Niassa demonstram uma mudança de actuação do grupo que aparenta uma reorganização e reposicionamento táctico após terem sido derrotados e expulsos há mais de dois anos daquela região pelas Forças militares moçambicanas e ruandesas. Entretanto, nos últimos Niassa e Cabo Delgado vivem momentos impróprios com incursões complexas e mortais protagonizadas pelos terroristas afiliados do Estado Islâmico.
Há dias, o grupo terrorista assassinou mais de 11 militares moçambicanos e três militares ruandeses em Cabo Delgado criando sombra de dúvidas sobre o actual cenário no combate ao terrorismo que já perdura desde 2017 e obrigando a uma reunião de emergência entre o novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM) e do Ruanda presentes no Teatro Operacional Norte (TON).
Os ataques terroristas em Cabo Delgado já provocaram uma avalanche de deslocados internos, mortes e destruições, facto que alterou toda dinâmica social, política e económica da província do gás, minérios, pescado e do narcotráfico. (Omardine Omar)