Na altura, a informação em que foi comunicada a família foi de que o mesmo havia se suicidado numa caserna por motivos até aqui pouco claros, facto é que os parentes tiveram que pressionar por todos os cantos para que pudessem dar um último adeus digno ao seu filho. Nove dias depois, a família recebeu os restos mortais do 1º Sargento Leli Manuel António, na província de Manica.
O finado havia ingressado nas FADM através do Serviço Militar Obrigatório (SMO) em Janeiro de 2020, onde fez a formação básica em Munguine e posteriormente deu continuidade na formação de Forças Especiais no Comando de Nacala e por fim, a formação de Reacção Rápida em Chimoio (caçadores especiais).
Entretanto, desde a morte do finado a 03 de Agosto de 2024, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) entregou o corpo e o caixão apenas, não tendo dado assistência alimentar para despesas fúnebres. Entretanto, dias depois os Serviços Sociais das FADM em Chimoio solicitaram documentos para que se pudesse pagar o subsídio de seis meses, mas até ao momento, nem água vem, nem água vai.
Preocupada a família apresentou o caso a Procuradoria da Cidade de Chimoio, tendo o Procurador-chefe solicitado a presença do Comandante do Batalhão de Infantaria que simplesmente não compareceu. Remarcada a audição do mesmo, também não se dirigiu e nem justificou as razões da sua ausência. Facto é que o Procurador acabou comunicando a família que já não tinham como proceder.
No passado dia 22 de Abril de 2025, a família pediu uma audiência ao Secretário de Estado em Manica, mas sem sucesso. O sargento Leli era pai e chefe da sua família que nos últimos tempos viveu momentos tenebrosos.
O caso é sobejamente conhecido pelos Serviços dos Assuntos do Exército ao mais alto nível, mas até ao momento nada foi feito. (O.O.)







