Tudo porque a Associação Agricampo Para o Desenvolvimento de Ndonga de Guijá, na província de Gaza, através do seu Presidente João Baptista Manuel Chipique enviou um ofício à Comissão Eleitoral da CTA, manifestando “profunda indignação, tristeza e surpresa ao tomarem conhecimento, através da publicação da lista que compõe a candidatura de Maria Assunção Abdula, que a AAD faz parte da lista dos membros dos órgãos sociais desta candidatura, ocupando o cargo de vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral por intermédio de Angelina Chaúque.”
Na missiva em nossa posse, a AAD diz que o caso “causou estranheza o facto de estarmos representados por uma pessoa desconhecida na nossa organização. Ademais, tanto quanto se saiba, para o preenchimento dos órgãos sociais, é imperativo, nos termos do número 1 da alínea a) do artigo 14 do Regulamento Eleitoral, que o membro candidato aos órgãos sociais, apresente uma acta da AG na qual se delibera pela indicação do seu representante, integração e participação numa determinada candidatura.”
“O acto relatado acima, constitui uma violação grave, pelo que, tendo sido a candidatura aprovada pela Comissão Eleitoral, partimos do pressuposto de que a mesma verificou e conferiu que todos os requisitos se mostram preenchidos. Assim, solicitamos que nos seja facultada a cópia da aludida acta, para procedimentos associados ao caso”, refere à AAD.
De acordo com a AAD, “porque todos os membros têm a consciência de não ter realizado qualquer reunião da AG cuja agenda contemplasse a designação de membro para integrar a lista em referência, qualquer documento desta natureza apenso ao dossiê da candidatura em apreço, está destituído da verdade, pelo que instamos a Comissão Eleitoral a desconsiderar a nossa integração nessa candidatura, por falsas declarações e uso indevido do nome da AAD para lograr intentos inconfessáveis.”
Na carta submetida nesta Segunda-feira (12.05) à Comissão Eleitoral da CTA, a AAD diz que “dada a gravidade deste acto, empelamos a Comissão Eleitoral a desqualificar a candidatura em referência, pois a sua atitude fere os princípios éticos e deontológicos básicos expectáveis para quem pretende governar uma organização de tamanha responsabilidade, onde a ética, integridade e transparência devem guiar o futuro dirigente da CTA.”
Entretanto, as eleições para a presidência da CTA estão marcadas para o dia 14 de Maio, onde concorrem Álvaro Massingue, da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Lineu Candieiro, pela Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE) e Maria Assunção Abdula, em representação da Associação Comercial de Moçambique (ACM). (O.O.)