Dados constantes do Relatório de Indicadores Prudenciais e Económico-Financeiros, referentes ao período de Janeiro a Março, indicam que, durante o trimestre em análise, a maioria das instituições bancárias do país também apresentaram níveis elevados de crédito malparado.
Segundo o mesmo documento, o Moza Banco encerrou o trimestre com uma taxa de crédito vencido (NPL) de 36,58%, superior aos 34,24% registados no quarto trimestre de 2024, seguindo-se o Access Bank, com uma taxa de 20,69%, ligeiramente abaixo dos 21,04% anteriormente reportados.
Da lista divulgada pelo banco central, com base em dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras, destacam-se os bancos United Bank for Africa (UBA), First National Bank (FNB), Standard Bank, First Capital Bank (FCB) e Absa Bank Moçambique, que apresentaram taxas de crédito malparado inferiores ao nível recomendado (5%), situando-se em 2,15%, 2,37%, 3,38%, 2,52% e 3,51%, respectivamente.
Entretanto, o Millennium bim, um dos maiores bancos comerciais do país e liderado pelo português BCP, viu a sua taxa de crédito malparado reduzir-se para 2,89%, enquanto o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), controlado pela Caixa Geral de Depósitos, atingiu os 11,89%.
No final de 2024, o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, afirmou que o sistema bancário nacional permanecia “sólido e bem capitalizado”, mas alertou que o nível de crédito malparado continuava elevado.
“A taxa de crédito vencido continua relativamente alta”, declarou, apontando que a mesma se situava em 9,1% do total em Setembro último, contra 9,3% no mesmo mês do ano anterior, sendo que várias instituições ainda mantêm rácios acima do limiar recomendado de 5%. (PROFILE)