A formação política responsabiliza directamente o governo de Daniel Chapo, acusando-o de má gestão, corrupção e insensibilidade face às necessidades dos profissionais e utentes do sistema nacional de saúde.
Segundo o partido, médicos e enfermeiros enfrentam condições de trabalho degradantes, consequência de políticas públicas negligentes que os transformaram em “mártires de um sistema corroído por interesses obscuros”. A ND aponta que o projecto governamental “Um distrito, um hospital” falhou na sua essência, servindo mais para enriquecer a elite dirigente do que para melhorar o acesso à saúde.
“O resultado é o colapso progressivo das unidades hospitalares, onde os profissionais trabalham em ambientes desumanos e sem os recursos necessários para exercerem suas funções com dignidade”, destaca o comunicado.
A denúncia vai além, alertando para o desvio sistemático de fundos internacionais destinados à saúde pública e o encaminhamento ilegal de medicamentos doados para farmácias privadas associadas a redes de corrupção. Em diversos hospitais, equipamentos médicos encontram-se avariados ou fora de uso, obrigando os profissionais a recorrer a métodos improvisados e ultrapassados.
A Nova Democracia também critica a situação laboral dos profissionais da saúde, que, além de receberem salários simbólicos, enfrentam a ausência de subsídios de risco, falta de incentivos e jornadas extenuantes sem qualquer compensação justa.
Diante desse cenário, o partido manifesta solidariedade com os profissionais do sector e apela a uma intervenção urgente do governo. “A saúde não pode continuar doente. É tempo de o Governo assumir responsabilidades e dignificar os verdadeiros heróis da Nação”, conclui a nota da Nova Democracia. (Nando Mabica)